A Comissão Européia aprovou, nesta semana, a imposição de barreiras para importações de aço. O bloco estabeleceu cotas para a importação. O importador que ultrapassar o volume estabelecido irá ter que arcar com imposto extra de 25%. A medida, que deve entrar em vigor no início de fevereiro até 2021, afeta indústrias siderúrgicas de todos os países, inclusive a brasileira.
O pacote aprovado estabelece cotas para importação de 30 produtos. O Brasil deverá ser taxado em sete deles: laminados a frio, folhas metálicas, laminados de aço inoxidável, laminados a quente, chapas grossas, perfis e tubos sem costura. Os produtos semiacabados de aço – que representam o maior volume das exportações brasileiras aos países europeus – não foram incluídos na lista.
Segundo o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, os embarques de aço para União Europeia, referentes aos sete produtos sujeitos à cota, totalizaram US$ 438 milhões em 2018, representando apenas 4,9% do total de aço exportado pelo Brasil, para todos os destinos, que foi de US$ 8,9 bilhões em 2018.
Em nota, o governo brasileiro informou que já está dialogando com a União Européia a respeito do tema. “Em coordenação com os demais órgãos de governo e com o setor privado, o Itamaraty continuará atuando com todo o empenho na defesa dos interesses dos exportadores brasileiros”, informa.