O setor de turismo no Brasil fechou o mês de outubro de 2018 com saldo positivo de 6.452 postos de trabalho. O estudo Empregabilidade no Turismo, produzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), verifica que foi o terceiro aumento consecutivo. O saldo do ano até outubro, no entanto, aponta um crescimento de apenas 647 vagas – resultado impactado pela greve dos caminhoneiros, quando as empresas tiveram que realizar ajustes, fechando 24.267 vagas entre maio e julho deste ano.
“Em relação a outubro de 2017, as atividades típicas do turismo criaram 2.440 empregos, sinal de que o mercado tem se restabelecido no ritmo atual do crescimento da economia”, avalia o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes. Em 12 meses terminados em outubro de 2018, o emprego no turismo apontou recuperação das atividades (+2.162 vagas), enquanto ano passado, no mesmo período, o saldo foi negativo de -16.781 postos, em virtude da dimensão da crise econômica.
Empregos por setor
No mês de outubro, a criação de vagas formais foi 60,8% maior do que no mesmo período do ano passado. Os segmentos que mais contrataram foram hotéis e similares (+1.177) e restaurantes e similares (+5.062). O emprego no transporte aéreo (+266) e nas locadoras de veículos (+519) também sugeriu o aumento da demanda nestes segmentos. Em contrapartida, as empresas de transporte rodoviário de passageiros foram as que mais cortaram postos de trabalho (-599).
Regionalmente, Sudeste (+3.619) e Sul (+2.112) destacaram-se no mês de outubro, criando 88,8% das vagas abertas nas atividades características do turismo. Nesse aspecto, São Paulo (+2.996) e Santa Catarina (+1.188) revelaram os maiores saldos.
O estado do Rio de Janeiro conseguiu criar +586 empregos, segunda variação positiva consecutiva no ano. Em setembro, o estado também gerou poucas vagas (+218). No acumulado do ano de 2018, no entanto, a economia fluminense mais destruiu empregos do que criou, com um saldo negativo de -9.899 vagas, e, em 12 meses com menos 11.452 vagas, é o estado que apresenta a pior empregabilidade.
A CNC destaca que a estabilidade dos preços tem favorecido o consumo de serviços, em particular alguns do turismo. A inflação em 12 meses até outubro acumulou 4,56%. Excetuando ônibus interestadual de passageiros (+5,88%) e transporte hidroviário (+9,83%), alguns dos principais itens ofertados para o turista apresentaram variações abaixo da média do IPCA, tais como: alimentação fora do domicílio (+3,31%), ônibus intermunicipal (+3,13%), táxi (+2,13%), aluguel de veículos (+1,88%) e excursão (+1,68%). Observam-se a variação negativa das passagens aéreas (-3,22%) e a leve queda dos preços das hospedagens em hotel (-0,07%).
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