A tempestade tropical Nate deixou ao menos 25 mortos em sua passagem pela América Central, 15 deles na Nicarágua, sete na Costa Rica e três em Honduras, informaram nesta quinta-feira funcionários dos três países.
A vice-presidente e porta-voz da Nicarágua, Rosario Murillo, disse a veículos de comunicação oficiais de deu país que o número de vítimas de seu país subiu para 15, sendo o país mais afetado pela passagem da tormenta, que segue para o Golfo do México.
“Nós fomos afetados em todo o país (…) Afetados gravemente”, disse Murillo, acrescentando que 800 pessoas foram evacuadas, cerca de 600 casas foram inundadas e 14 comunidades isoladas devido às chuvas que caem há dias.
Autoridades alertaram que Nate possa se transformar em furacão rumo aos Estados Unidos.
A Costa Rica, outro país afetado pela tempestade, sofreu com inundações e deslizamentos de terra, declarou uma emergência nacional. Escolas, universidades, repartições públicas e bancos foram fechados em todo o território.
As autoridades costa-riquenha reportaram seis mortos: quatro cidadãos do país, inclusive uma menina de três anos, atingidos pela queda de árvores e deslizamentos de terra, e dois jovens trabalhadores agrícolas nicaraguenses. Pelo menos 15 pessoas estão desaparecidas.
Mais de 5.000 pessoas foram colocadas em abrigos na Costa Rica depois de terem que abandonar suas casas por causa das inundações e do risco de que terrenos instáveis cedam, disse o diretor da Comissão Nacional de Emergência do país, Ivan Brenes.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) disse que esperava que a tempestade continue seguindo em direção ao norte, ganhando força à medida que avança.
Segundo o NHC, a tempestade tropical Nate estará “perto da intensidade de furacão” quando atingir a península de Yucatán, no sul do México, na noite de sexta-feira.
Depois, se fortalecerá para a categoria de furacão, enquanto atravessa o Golfo do México, para atingir o sul dos Estados Unidos em algum ponto entre os estados da Luisiana e Flórida.
“É muito cedo para especificar o tempo exato, a localização ou a magnitude desses impactos”, disse o centro.
A temporada de chuvas anual na América Central, um período de cinco meses que geralmente termina em novembro, está particularmente intensa este ano, com algumas áreas na região registrando 50% mais chuvas do que a média para setembro e outubro.
Foto: Juan Carlos Ulate / Reuters
Fonte: OGlobo
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