Perto do final do ano, o governo de São Paulo afirma que estuda “possibilidades sobre o reajuste da tarifa” de Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para 2018.
O valor unitário da passagem, de R$ 3,80, foi instituído em janeiro de 2016 e não sofreu reajustes no final do último ano após o prefeito João Doria anunciar o congelamento da tarifa de ônibus. A decisão acabou sendo seguida pelo governador Geraldo Alckmin para o Metrô e para a CPTM.
Em relação à tarifa de 2018, a Secretaria de Transportes Metropolitanos, do governo estadual, confirmou apenas que são feitos estudos, mas não adiantou qual valor deve ser adotado.
Já a gestão Doria, questionada se haverá aumento para ônibus ou se a medida está descartada, afirmou apenas que “não há definição sobre o assunto”.
O aumento na tarifa do transporte público de São Paulo é geralmente combinado entre a prefeitura e o governo estadual para que aconteça na mesma data e nos mesmos valores para ônibus, metrô e trens.
Desde os protestos de junho de 2013 contra um aumento de R$ 0,20 na tarifa, promovidos principalmente por estudantes, as autoridades paulistas não dão pistas sobre os reajustes até o final de dezembro de cada ano, quando o anúncio ocorre no meio do período de festas.
Em 2014, por exemplo, a gestão Fernando Haddad (PT) anunciou o reajuste da tarifa de R$ 3 para R$ 3,50 no dia 26 de dezembro. Três dias depois, o governo de São Paulo confirmou o aumento também para o transporte sobre trilhos, e o novo preço entrou em vigor em 6 de janeiro.
Em 2015, o anúncio foi feito no dia 30 de dezembro pela prefeitura e pelo governo de São Paulo. O valor de R$ 3,80 passou a valer em 9 de janeiro de 2016.
Em 2017, a passagem unitária ficou congelada, mas houve aumento no valor da integração, aplicado em abril.
Subsídios
A prefeitura tenta tirar do papel uma nova contratação das empresas de ônibus. O atual serviço foi contratado em 2003, na gestão Marta Suplicy. Os acordos venceram em 2013 e vêm sendo renovados anualmente. Em 2019, porém, pela Lei de Licitações, já não poderão ser renovados.
A administração municipal diz esperar melhorar a eficiência e a prestação do serviço fazendo uma nova contratação de empresas para realizarem o serviço na capital.
A gestão João Doria informa no projeto de lei do Orçamento de 2018 que prevê reduzir o gasto com subsídio ao sistema de ônibus em 25,1%. Esse é o gasto com compensações para cobrir gratuidades, e que em 2017 baterá o recorde de R$ 3,1 bilhões, segundo previsão da prefeitura. A administração municipal não detalha como conseguirá reduzir esse gasto para os R$ 2,3 bilhões previstos para o ano que vem.
Foto: Reprodução
Fonte: G1
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