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A safra nacional de grãos deve crescer 1,9% em 2019, em relação à colheita de do ano passado, totalizando 230,7 milhões de toneladas, segundo a estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada hoje (12) pelo IBGE. A safra deste ano deve ser a segunda maior da série histórica, atrás apenas das 240,6 milhões de toneladas produzidas em 2017.
Já a área a ser colhida é de 62,1 milhões de hectares, 2% maior que a do ano passado, com (mais 1,2 milhão de ha) e 0,1% menor que o 3º prognóstico (menos 62,7 mil ha).
De acordo com o levantamento, o milho deve ter a maior alta em volume, de 9,9% em relação à safra anterior, totalizando 89,4 milhões de toneladas, e crescimento de 3,6% na área plantada. Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Antônio Barradas, a segunda safra deve ser beneficiada pela janela de plantio. “Em decorrência do plantio antecipado da soja, aguarda-se um maior período para a “janela de plantio” para o milho 2ª safra. Isto deve possibilitar um menor risco para o desenvolvimento das lavouras no campo, uma vez que será menor a probabilidade da ocorrência de períodos secos, o que deve repercutir positivamente no rendimento médio”, explica.
O algodão também deve ter safra recorde neste ano, com crescimento estimado em 8,9% na produção e em 18,5% na área plantada frente a 2018. “Os resultados positivos das lavouras no ano passado e preços mais atrativos para esta safra devem estimular o aumento dos investimentos no algodão”, explica o gerente.
Já soja (-2,6%), o arroz (-5%), o feijão (-1,5%) e o café (-10,8%) devem sofrer quedas na produção deste ano. “As condições climáticas devem ser menos favoráveis à soja, ao arroz e ao feijão neste ano. Já o café está na fase em que chamamos de ciclo bienal negativo, comum na cafeicultura brasileira. Ou seja, em um ano a produção está em alta, no ano seguinte, em baixa”, finaliza Barradas.