A produção industrial nacional subiu 0,2% em outubro de 2018 frente a setembro. É primeira taxa positiva após três meses de quedas que acumularam redução de 2,7% na atividade. No confronto com outubro de 2017, a indústria cresceu 1,1%, após queda de 2,2% em setembro. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), divulgada hoje pelo IBGE.
Mesmo com o resultado positivo, ainda não é possível falar em recuperação, como explica o gerente da pesquisa, André Macedo. “O resultado ficou bem próximo à estabilidade e foi insuficiente para eliminar as quedas observadas nos três meses anteriores”, avalia.
Entre os setores que mais influenciaram o crescimento de outubro, destaque para indústrias extrativas (3,1%), máquinas e equipamentos (8,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%) e bebidas (8,6%). Já os que mais seguraram o resultado foram produtos alimentícios (-2,0) , metalurgia (-3,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,2%). O primeiro teve redução de 8,4% em quatro meses consecutivos de taxas negativas; o segundo eliminou parte da expansão de 6,2% verificada no mês anterior; e o último enfrentou o terceiro mês seguido de queda na produção, acumulando perda de 9,3% nesse período
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 1,1% em outubro de 2018, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 42 dos 79 grupos e 52,9% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,1%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pela maior fabricação dos itens automóveis, caminhões, reboques e semirreboques, caminhão-trator para reboques e semirreboques e autopeças.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de indústrias extrativas (3,9%), de celulose, papel e produtos de papel (7,8%), de produtos de metal (8,8%), de máquinas e equipamentos (4,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), de metalurgia (2,8%), de produtos de minerais não-metálicos (4,3%), de couro, artigos para viagem e calçados (5,3%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,0%).
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