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O ano de 2019 começou favorável para alguns setores. Segundo a FB Capital, empresa líder de mercado em transações internacionais para compra de imóveis, a procura de brasileiros por imóveis nos Estados Unidos aumentou 290% na primeira quinzena de janeiro, em relação ao mesmo período de 2018. Desse total, 92% são de clientes de classes alta e média.
Na avaliação do diretor de câmbio da FB capital, Fernando Bergallo, o reaquecimento desse mercado deve-se à onda de otimismo dos empresários com relação ao governo Bolsonaro, bem como o cenário de bolsa em alta e dólar em queda. “A maioria dos nossos clientes são empreendedores, e, há 10 anos não víamos esse ânimo no mercado. Isso num momento em que nem mesmo a reforma da Previdência foi aprovada, o que trará ainda muito capital externo”, analisa.
O diretor explica que, até 2008, com a queda da moeda americana em função da crise nos EUA e a estabilidade da economia nacional, muitos brasileiros puderam realizar o sonho de ter uma casa na América, principalmente em lugares como Miami e Orlando. No entanto, relembra que, quando veio a crise americana, e posteriormente atingiu a América Latina, houve um recuo deste mercado. “Até mesmo o público de alta renda sentia-se desconfortável em investir fora do país. Nosso fluxo se limitou à venda das unidades destes clientes, que estavam valorizadas, e as remessas de dólares de quem já havia comprado parcelado e precisava ir quitando”, conta.
Bergallo acredita que o movimento ainda deve aumentar, em função da aprovação das novas medidas econômicas. “Se as propostas do ministro Paulo Guedes se concretizarem teremos o melhor ano da história da empresa”, ressalta. Outro fator que deve acelerar a procura, segundo ele, é volta dos executivos ao trabalho, pois muitos ainda estão em férias.
Imóvel nos EUA
Ter um imóvel nos EUA, hoje, não é algo inacessível, segundo o diretor. “Atualmente, a partir de US$ 200 mil, já se consegue comprar uma casa em Orlando. Se pensarmos que este valor equivale ao preço de uma apartamento de dois quartos em bom bairro de São Paulo, podemos ver que é algo possível. O governo americano também incentiva o investimento, e, a partir de US$ 500 mil, o investidor estrangeiro pode participar do programa EB-5, que dá dirito ao “green card”, explica.