Reparou que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, anda meio sumido nos últimos tempos? Destaque no noticiário internacional dia sim e outro também há cerca de um ano, quando liderou uma campanha anticorrupção que resultou até mesmo na prisão de alguns parentes dele, muitos dos quais ainda se encontram atrás das grades, o sangue azul árabe tem passado as últimas semanas recluso no mega-iate que comprou em 2016, o “Serene”.
O motivo? MbS, como é chamado, está convencido de que as polêmicas que criou nos últimos doze meses colocaram em risco sua segurança pessoal e, em razão disso, tem preferido ficar na embarcação, que lhe custou € 500 milhões (R$ 2,3 bilhões) e outras dezenas de milhões em reformas que a transformaram em uma espécie de “bunker flutuante de luxo”.
Atualmente ancorado em um porto particular de Jeddah, distante cerca de 950 km da capital saudita Riyadh, Serene é maior que um campo de futebol profissional e conta com dois helipontos, três piscinas, deck de observação subaquática e até com parede de escalada. Há ainda um submarino prontinho para ser usado como veículo de fuga, caso isso seja necessário.
Bin Salman, de 33 anos, se tornou o governante de fato da Arábia Saudita desde que foi alçado ao posto de sucessor oficial do pai, o rei Salman. De visão “progressista”, o jovem príncipe sonha em transformar o país do Oriente Médio no mais “moderno” da região, e para isso liberou a abertura de cinemas e permitiu que mulheres assumissem o volante.
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