Após 11 dias de greve dos caminhoneiros, um levantamento, feito na noite desta sexta-feira (1), da entidade que representa as agências de navegação aponta para um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no Porto de Santos. A paralisação proibia a passagem de caminhões, bloqueando estradas em todo o país e os acessos ao maior porto do país.
Na manhã de sexta-feira, o Sindamar (Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo) havia divulgado que o prejuízo, contando apenas a primeira semana de greve, era superior a R$ 370 milhões.
De acordo com o Sindamar, o levantamanto leva em conta, ainda, os cerca de 70 navios parados na barra, no aguardo de autorização para atracar, e a movimentação de contêineres e granéis sólidos como milho e soja, que foi prejudicada pela greve. Há a expectativa de que a situação seja normalizada em até 10 dias.
A Fenop (Federação Nacional dos Operadores Portuários) afirma que o prejuízo não é só financeiro. Com mercadorias tendo atraso no prazo de entregas, o país perde, também, credibilidade. Sobre o assunto, o presidente da Fenop, Sérgio Aquino, explicou: “O prejuízo financeiro é absurdo, perda de credibilidade. Porque no mercado de comércio exterior, o comprador não fica esperando, ele vai buscar em outro lugar e nós vamos ter que exportar nossos produtos em outros momentos. No setor de operação e serviços, tempo perdido é perdido mesmo, não se recupera”.