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Gestão

Tom Brady é conhecido por todos como o atleta com mais vitórias do Super Bowl, mas existe outro lado do americano que nem todos sabem: seu interesse por barcos – mais especificamente os de corrida. O atleta possui uma equipe de corrida da série E1 que compete com “racebirds” (como são chamados os barcos elétricos inovadores e ecologicamente corretos) em um circuito de corrida global. E, a propósito, seu time já venceu os dois primeiros eventos da temporada inaugural da série.

Os cofundadores do E1, Alejandro Agag e Rodi Basso, já declararam se inspirar na Fórmula 1 para o esporte. Hoje, a dupla conseguiu construir a infraestrutura necessária para lançar a liga global com metas sérias de sustentabilidade e uma rota que passa por destinos exclusivos, como Veneza e Mônaco. O projeto chegou a atrair investimentos de várias celebridades, como Will Smith, Rafael Nadal, Marc Anthony, o piloto da Fórmula 1 da Red Bull Sergio Perez e, claro, Tom Brady.

“Conheci Alejandro há dois anos e meio”, diz o ex-jogador de futebol americano. “Ele me contou sobre o que estava fazendo com este campeonato de corridas. Eu sabia que ele era um dos fundadores da Fórmula E. Adoro estar envolvido em esportes e competição e achei que essa era uma ótima maneira, nesta minha segunda carreira, de continuar envolvido em grandes equipes e trabalho em grupo, e desfrutar da camaradagem, química, competição – todas as coisas que sempre amei.”

A frota de racebirds é 100% livre de emissões e já está destacando o poder transformador dos barcos hydrofoil totalmente elétricos para reduzir significativamente as emissões de barcos. As corridas exigem habilidades únicas e proporcionam emoção até o último momento, com pilotos de corrida recrutados de equipes de corrida de barcos, automóveis e motocicletas ao redor do mundo.

Uma das pilotos vencedoras da Team Brady, a finlandesa Emma Kimiläinen, por exemplo, nunca havia dirigido um barco antes de treinar para o esporte. Mas pilotar um racebird que voa sobre a água em hydrofoils se assemelha a dirigir um carro de Fórmula 1.

Como as regras exigem que cada equipe tenha um piloto homem e uma mulher, a série E1 também está causando um grande impacto quando se trata de igualdade de gênero. Mas o que pode ser o aspecto mais impressionante da série E1 é que Agag e Basso conseguiram atrair uma lista impressionante de proprietários de alto perfil, como Brady.

“Acho que é disso que se trata o esporte. Adoro que todos tenham o mesmo barco, o que é diferente são os pilotos, a estratégia, as táticas, o treinamento, a preparação. Todos entendemos ao que estamos sendo submetidos, mas, ao mesmo tempo, acho que queremos ir lá e superar qualquer desafio que enfrentamos”, afirmou o atleta.

Brady também falou sobre sua estratégia para desenvolver os pilotos do seu time. “Me perguntam o tempo todo: ‘Como você ensina as pessoas a lidar com a pressão?’ E eu sempre digo: ‘Bem, você deve colocar pressão sobre elas. Deve pressioná-las todos os dias e fazer com que sintam que esta é a competição, mesmo quando não é. Tudo isso para que, quando chegarem ao momento, saibam como lidar com esses sentimentos e emoções. A pressão implacável que as pessoas colocavam em mim realmente me forçou a lidar com isso também. Agora as marés mudaram. Agora eu posso colocar pressão sobre eles.”

O Team Brady saltou para uma liderança inicial na série E1, após vencer os dois primeiros eventos em Jidá e Veneza. Enquanto isso, a Team Miami, de Marc Anthony, que ficou em segundo lugar, teve uma forte participação em Veneza. Mas ainda há muita competição pela frente antes que o campeão da série E1 seja coroado em Hong Kong em novembro.

Por Forbes