Para financiar a casa própria, Caixa anuncia liberação de R$ 43 bilhões

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa, que o banco deverá liberar R$ 43 bilhões em linhas de crédito. O que, segundo ele, gera um total de R$ 154 bilhões no segmento imobiliário. O presidente estimou que 530 mil unidades habitacionais devem construídas com essa medida.

Até então, a Caixa havia anunciado R$ 111 bilhões em recursos para combater os efeitos da pandemia de coronavírus. As medidas permitem uma pausa de 90 dias (três meses) nos contratos de financiamento imobiliário. Os pedidos de suspensão nas prestações superavam os 100 mil até o final do mês de março.

“Esta medida é muito importante porque permite que as empresas continuem trabalhando normalmente, tanto empresas pequenas, quanto médias e grandes”, disse. Guimarães explicou que uma das medidas é de seis meses de carência tanto para pessoas físicas quanto para empresas. “Compra-se um imóvel hoje e se faz o pagamento no sétimo mês. Isso nunca aconteceu e reforça o equilíbrio entre o problema de saúde e da economia.”

“As medidas que estamos anunciando é para toda a carteira de crédito da Caixa. Todos os contratos estão abrangidos pelas nossas medidas. Em relação aos R$ 43 bihões, são os recursos disponíveis para a Caixa. Colocamos o dinheiro na conta para que as pessoas consigam antecipar. Temos recursos disponíveis para isso”, disse Jair Luiz Mahl, vice-presidente de habitação da Caixa.

Além disso, o presidente da Caixa ressaltou também que nesta quinta-feira começa o pagamento de 2,5 milhões de brasileiros com o auxílio R$ 600. Segundo ele, dois milhões de brasileiros estão recebendo o auxílio pela Caixa e o cerca de 500 mil pelo Banco do Brasil. “O valor está na conta das pessoas.”

Pessoas físicas e empresas

De acordo com o vice-presidente de habitação da Caixa, Jair Luiz Mahl, beneficiários do Minha Casa Minha Vida e de média renda também terão acesso às medidas. “Além da pausa de até 90 dias, vamos ofertar possibilidade de pagamento parcial. Caso não queiram deixar a prestação pausada é possível solicitar o pagamento parcial da prestação.”

Além disso, Mahl explicou que, a partir de segunda-feira, para quem está construindo a casa própria de forma individual será feita a vistoria por meio de modelos e não presencialmente. Isso para proteger funcionários da obra e do banco em meio à pandemia do coronavírus.

Para as pessoas físicas que não são clientes da Caixa, o vice-presidente explicou que o banco ofertará 180 dias de carência, de amortização de juros, nesse período de pandemia. “Nosso objetivo é manter os contratos ativos e ao mesmo tempo passar esse período, sem ter problemas mesmo com a prestação em atraso.”

Segundo o vice-presidente de habitação, as empresas (pessoas jurídicas) que estão construindo o empreendimento poderão negociar a possibilidade de antecipação de três meses no cronograma “para gerar mais tranquilidade no fluxo de caixa”. As construtoras que tinham feito contrato com a caixa, poderão utilizar recursos que não haviam sido utilizados anteriormente.

Por: R7