O trabalho flexível injetará US$ 10 trilhões na economia global até 2030

De acordo com o primeiro estudo socioeconômico abrangente sobre a mudança das práticas no espaço de trabalho, com a explosão do trabalho flexível, serão injetados US$ 10,04 trilhões na economia global até 2030.

A análise contratada pela Regus e realizada por economistas independentes abrange 16 países-chave, a fim de investigar o estado atual e até 2030 do trabalho flexível.

Benefícios econômicos

A Regus descobriu que entre 8% e 13% de todo o emprego será associado a espaços de trabalho flexíveis na maioria dos países desenvolvidos até 2030. Níveis mais altos de trabalho flexível ajudarão as empresas a economizar dinheiro, reduzir custos operacionais e aumentar a produtividade, causando um efeito cascata em toda a economia, desde os negócios centrais até as cadeias de suprimento.

Os benefícios específicos incluem maior produtividade empresarial e individual, menores despesas gerais com escritórios no caso de empresas que usam espaço de trabalho flexível e milhões de horas economizadas em deslocamento. Todos esses fatores contribuem para o valor acrescentado bruto à economia gerado pelo trabalho flexível.

A previsão é que a China e a Índia sejam as maiores beneficiadas pelo aumento do valor acrescentado bruto (VAB) gerado pelo espaço de trabalho flexível, com um aumento de 193% e 141% no VAB de suas respectivas economias. Isso equivale a US$ 1,4 trilhão para a China e cerca de US$ 375,8 bilhões para a Índia por ano. Embora os EUA tenham um percentual ligeiramente menor de valor acrescentado à economia pelo trabalho flexível, que fica em 109%, o país terá o maior valor acrescentado bruto de US$ 4,5 trilhões.

Benefícios Individuais

O estudo descobriu que o trabalho flexível não beneficia apenas as economias, mas ajuda também os indivíduos. Os trabalhadores remotos têm quase o dobro de probabilidade de afirmarem que amam seus trabalhos, quando comparados com outros profissionais do mesmo setor que trabalham em espaços de trabalho tradicionais.

Um fator importante pode ser o tempo que os indivíduos economizam com o trabalho remoto e flexível. De acordo com um modelo de crescimento acelerado, que estabelece um cenário que faz uso do trabalho flexível em maior grau que o atual, o corte no deslocamento proporcionado pelo trabalho remoto pode economizar 3,53 bilhões de horas até 2030. Isso equivale ao tempo gasto no trabalho todos os dias por 2,01 milhões de pessoas.

As pessoas na China, nos EUA, na Índia e no Japão terão as maiores reduções de tempo de deslocamento no cenário de crescimento acelerado. Cada trabalhador chinês recuperará duas horas, enquanto os trabalhadores dos EUA terão praticamente um dia extra de folga se cortarem o deslocamento.

Ian Hallett, Diretor de Gerenciamento de Grupo da Regus, afirma: “O trabalho flexível é uma ferramenta poderosa que tem a capacidade de beneficiar não só as empresas, mas também sociedades e economias inteiras. Isso se tornou possível devido à adesão acelerada do trabalho flexível como prática padrão de negócios para milhões de pessoas em todo o mundo.”.

“É muito empolgante pensar nas maneiras como a nossa sociedade poderá se beneficiar do aumento do trabalho flexível, especialmente considerando que as projeções de crescimento para 2030 demonstram como o trabalho flexível será essencial nos anos futuros. A esperança é que as empresas aproveitem a oportunidade de fazer parte dessa revolução no espaço de trabalho e continuem a proporcionar espaços de trabalho flexíveis para os funcionários de todo o mundo.”

Steve Lucas, especialista em Economia do Desenvolvimento e autor do relatório, diz: “Este estudo revela que o trabalho flexível faz contribuições significativas para a sociedade, desde devolver às pessoas o tempo perdido com deslocamento, até impulsionar a economia por meio da criação de empregos e maior produtividade. Essas projeções mostram que o trabalho flexível é uma força econômica à qual as empresas e as pessoas devem aderir nos próximos anos.”