A agência Standard & Poor’s decidiu em (6.abr.2020) manter a nota de crédito do Brasil em BB-, mas alterou a perspectiva da nota de crédito do país de positiva para estável.
“Esperamos que o crescimento do PIB e o desempenho fiscal do Brasil sofram em 2020 devido à pandemia da covid-19 e a gastos extraordinários do governo, antes que a recuperação econômica gradual e a consolidação fiscal sejam retomadas”, disse a agência de classificação de risco em nota.
Segundo a S&P, a incerteza em relação à capacidade do Brasil de conseguir dar seguimento à agenda de reformas estruturais quando a pandemia terminar aumentou “devido ao desacordo contínuo entre os poderes Executivo e Legislativo”.
A perspectiva estável do rating (nota de crédito) do Brasil, explica a agência, reflete as expectativas fiscais e econômicas, depois do “choque” da pandemia, e “a suposição de 1 progresso mais lento para aprovar e implementar legislação significativa para reduzir vulnerabilidades fiscais estruturais e elevar as perspectivas de crescimento do PIB a médio prazo”.
A S&P aponta que o cenário pós-pandemia empurrará para baixo a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2020 de crescimento de 2,2% para contração de 0,7%. Já para 2021, a agência de classificação de risco projeta expansão de 2,9%, 1 pouco mais acentuada que a estimativa anterior, de alta de 2,5%.