Depois da alta de 4,39% prevista para os preços no Brasil em 2020, a expectativa do mercado financeiro é de que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelere para 3,34% em 2021, segundo o relatório Focus divulgado nesta manhã pelo Banco Central (BC).
A projeção para o índice oficial de preços no próximo ano ficou levemente abaixo dos 3,37% observados na semana anterior. Já no caso da estimativa para o IPCA de 2020, a estabilidade desta semana interrompeu uma sequência de 19 semanas seguidas de elevação na expectativa. Em 10 de agosto, antes da primeira alta, era esperado um avanço de 1,63% do IPCA neste ano.
Já a taxa Selic, que permaneceu no piso de 2% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deve subir para 3,13% até dezembro de 2021 (ante 3% na semana passada) e para 4,50% até o fim de 2022 – sem alterações em relação ao último levantamento.
Ainda segundo os economistas consultados pelo BC, o dólar deve terminar 2020 negociado a R$ 5,14 (ante R$ 5,15 previamente), e a R$ 5,00 em 2021, o mesmo patamar esperado anteriormente.
Top 5
Entre os economistas ouvidos pela autoridade monetária que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções para inflação, câmbio e taxa Selic se mantiveram as mesmas da semana passada, tanto para 2020 quanto para 2021. A expectativa do grupo é de inflação de 4,34% este ano, e de 3,41% no seguinte.
No câmbio, as projeções apontam para a moeda dos Estados Unidos negociada a R$ 5,23 ao fim de 2020, e a R$ 5,05, em 2021. Já a taxa básica de juros deve subir para 3% até dezembro de 2021, e para 4% até o fim de 2022.
*Com informações da InfoMoney