Máscaras vão deixar de ser obrigatórias em aeroportos e voos da UE

Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) informaram esta quarta-feira (11) que, a partir da próxima segunda-feira (16), deixam de recomendar máscaras obrigatórias em aeroportos e voos europeus.

Num comunicado conjunto esta quarta-feira divulgado, relativo às viagens aéreas na União Europeia (UE) em altura de levantamento de restrições relacionadas com a Covid-19, a EASA e o ECDC indicam que vão “retirar a recomendação de uso obrigatório de máscaras médicas nos aeroportos e a bordo de um voo”, embora lembrando que “uma máscara facial continua a ser uma das melhores proteções contra a transmissão” do SARS-CoV-2, nomeadamente para pessoas mais vulneráveis.

“A atualização do Protocolo Conjunto sobre Segurança Sanitária na Aviação tem em conta os últimos desenvolvimentos da pandemia, em particular os níveis de vacinação e a imunidade adquirida naturalmente e o levantamento das restrições num número crescente de países europeus”, justificam estas agências da EU.

Em causa estão então novas recomendações para as viagens aéreas na UE sobre o uso de máscaras faciais que deverão entrar em vigor a partir da próxima segunda-feira.

Ainda assim, as regras relativas às máscaras continuarão a variar por companhia aérea para além dessa data, pelo que estas agências europeias assinalam que, em voos de ou para um destino onde o uso de máscaras ainda é necessário nos transportes públicos, deve-se continuar a encorajar o uso de máscaras, de acordo com as recomendações.

Também os passageiros vulneráveis devem continuar a usar uma máscara facial independentemente das regras, defendem a EASA e o ECDC, especificando que, nestes casos, deve ser usada uma máscara do tipo FFP2/N95/KN95, “que oferece um nível de proteção mais elevado do que uma máscara cirúrgica padrão”.

“Para os passageiros e tripulações aéreas, este é um grande passo em frente na normalização das viagens aéreas”, adianta Patrick Ky, pedindo, porém, aos passageiros que se comportem “de forma responsável e respeitem as escolhas dos outros à sua volta”.

Já a diretora do ECDC, Andrea Ammon, observa que, “embora os riscos se mantenham, […] as intervenções e vacinas não farmacêuticas [medidas restritivas] permitiram que as vidas começassem a voltar ao normal”, daí já não ser recomendado o uso obrigatório de máscara em viagens aéreas na UE.

Ainda assim, Andrea Ammon aponta ser “importante ter presente que, juntamente com o distanciamento físico e a boa higiene das mãos, [o uso de máscara] é um dos melhores métodos para reduzir a transmissão”.

Nas diretrizes hoje divulgadas, está ainda incluída uma “flexibilização das medidas mais rigorosas sobre as operações aéreas, o que ajudará a aliviar o fardo sobre a indústria, mantendo ao mesmo tempo, medidas apropriadas em vigor”, adiantam as agências da UE.