Líderes árabes pediram ontem (13/12) que Jerusalém Oriental seja reconhecida como capital do futuro estado da Palestina, segundo a France Presse. Essa é a primeira reação em conjunto dos países árabes após o presidente americano, Donald Trump, reconhecer Jerusalém como capital de Israel e determinar a mudança de endereço da embaixada americana em Israel.
Os presidentes da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, estão entre os líderes que participam da reunião de emergência da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul, na Turquia, nesta terça.
No rascunho da declaração, divulgado pela Reuters, os líderes de mais de 50 países muçulmanos, convidam “todos os países a reconhecer o Estado da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital ocupada”. Eles ainda consideram que a decisão de Washington mostra que os Estados Unidos abrem mão do seu papel de apoiador da paz no Oriente Médio.
Uma cópia do esboço do comunicado, tuitada pelo ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que a reunião rejeitou e condenou a decisão dos EUA “nos termos mais fortes”.
O documento descreveu a decisão dos EUA como um “deliberado enfraquecimento de todos os esforços de paz, um impulso (para) extremismo e terrorismo, e uma ameaça para a paz e segurança internacional”, segundo a Reuters.
Mais cedo, Abbas já tinha defendido que “Jerusalém é e sempre será a capital da Palestina” e que decisão americana era o maior dos crimes. Segundo ele, os americanos deram Jerusalém “como se fosse uma cidade norte-americana”, o que desrespeita os tratados internacionais. Para o presidente da Autoridade Palestina, é inaceitável que os Estados Unidos mantivessem um papel no processo de paz do Oriente Médio uma vez que demonstraram uma posição tendenciosa.
Fonte: G1
Foto: Kayhan Ozer/ Reuters
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