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Lava Jato inclui Fernanda Richa em denúncia de lavagem de dinheiro

 - REVISTA MAISJR

(Crédito: Divulgação) 

A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná adicionou a ex-primeira dama Fernanda Richa na lista de denunciados nos autos 5002349-24.2019.404.7000. No caso, já haviam sido denunciados seu marido, Beto Richa, seu filho, André Richa e o contador da família, Dirceu Pupo Ferreira, que segue preso.

Segundo o MPF, desde o início das investigações,  existiam indícios da participação ex-primeira dama no crime. Contudo, segundo os procuradores, num primeiro momento, eram necessários mais esclarecimentos sobre a sua participação nos fatos.

Em petição nos autos da prisão de Beto Richa,  Fernanda Richa assumiu abertamente a atuação conjunta com seu marido no caso da compra do terreno de luxo, o que, no entender do MPF, contribuiu para fortalecer o quadro probatório.

Dentre as provas que apontam para a sua responsabilidade, estão e-mails trocados com Dirceu Pupo sobre os terrenos que foram dados como parte do pagamento na negociação que é objeto da denúncia. Na ocasião, informou ao contador que “veria com Beto†o anúncio dos lotes, o que mostra que atuou junto com seu marido na prática do crime, sendo dele a palavra final na negociação.

Na mesma mensagem, Pupo informa a Fernanda que o valor de cada terreno era de aproximadamente R$ 500 mil. Contudo, pouco tempo depois, os lotes foram dados em negociação na qual foi declarado valor abaixo do mercado (aproximadamente R$ 250 mil cada). Consta da denúncia que o subfaturamento foi utilizado como expediente para viabilizar a lavagem de dinheiro.

De acordo com uma planilha da empresa que vendeu o imóvel, uma diferença de R$ 930 mil foi entregue em dinheiro e “por fora†ao vendedor. Segundo a força-tarefa, o dinheiro é proveniente dos desvios descobertos na operação Integração.

A denúncia, que inicialmente foi oferecida apenas em face do ex-governador Beto Richa, seu filho, André Richa, e do contador Dirceu Pupo Ferreira, imputa o crime de lavagem de dinheiro proveniente de propinas do pedágio e de outros esquemas de corrupção durante seu governo. Os fatos são relacionados à compra de um terreno num condomínio de luxo no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, no final de 2012.