O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,93% em março, após registrar alta de 0,48% em fevereiro de 2021. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25) pelo IBGE.
É o maior resultado para um mês de março desde 2015, quando o índice foi de 1,24%. Já o IPCA-E, o acumulado do índice no trimestre, foi de 2,21%, a maior taxa para um primeiro trimestre desde 2016, quando foi de 2,79%.
A expectativa do mercado, segundo estimativa média da Refinitiv, era de alta de 0,96% em março na comparação com fevereiro e de 5,55% na comparação anual.
Os automóveis novos (0,99%), os automóveis usados (0,30%) e o seguro voluntário de veículo (2,57%) somaram 0,06 p.p. de impacto e contribuíram para a alta nos transportes.
O subitem ônibus urbano (0,42%) teve alta em consequência do reajuste de 8,70% no preço das passagens em Recife (7,14%), vigorando desde 7 de fevereiro. Já o trem registrou aumento de 1,61%, influenciado pelo reajuste de 6,38% no preço da passagem no Rio de Janeiro (4,26%), a partir de 23 de fevereiro.
Ainda em transportes, no lado das quedas, transportes por aplicativo (-2,38%) e passagens aéreas (-2,01%) apresentaram recuo, porém menos intenso do que em relação a fevereiro, quando registraram -9,16% e -2,54%, respectivamente.
O segundo maior impacto do IPCA-15 de março foi do grupo Habitação, com alta de 0,71% e contribuição de 0,11 p.p. no resultado do mês. Destaque para o gás de botijão, que aumentou 4,60% e adicionou 0,05 p.p na pesquisa. É o 10º mês consecutivo de alta. Gás encanado (2,52%) e taxa de água e esgoto (0,68%) aceleraram em relação a fevereiro, quando registraram 1,19% e 0,45%, respectivamente.
No caso do gás encanado, reajustes em dois locais influenciaram o resultado: um de 3,50% no Rio de Janeiro (2,10%), vigente desde 1º de fevereiro, e dois em Curitiba (19,04%), sendo um de 8,07%, em vigor desde 1º de fevereiro, e um de 15,57%, a partir de 16 de fevereiro.
*Com informações da InfoMoney