O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, foi de 0,32% em janeiro, acima dos 0,15% de dezembro. No comparativo com mesmo mês de 2018, o índice tinha sido de 0,29%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,78%, pouco acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os números foram divulgados hoje (08) pelo IBGE.
A alta foi puxada pelo setor de Alimentos e bebidas (0,90%), que acelerou de dezembro para janeiro, ao passar de 0,44% para 0,90%. Houve aumento nos preços do feijão-carioca (19,76%), da cebola (10,21%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,78%). O leite longa vida, após cinco meses consecutivos de quedas, subiu 2,10%, contribuindo com 0,02 p.p. no IPCA de janeiro. No lado das quedas, verificou-se redução expressiva nos preços do tomate (-19,46%), o que ajudou a conter a alta dos itens alimentícios.
O analista do IPCA, Pedro Costa, explica que as variações dos produtos alimentícios são sazonais, e que cada item possui uma especificidade. “No caso das frutas, é um aumento de demanda comum nos meses mais quentes do ano. A redução nos preços do tomate está relacionada à rápida maturação do produto, o que aumentou sua oferta no mercado”.
Outro item de impacto no mês foi o de Despesas pessoais, que apresentaram alta de 0,61%. Contribuíram para esse resultado a variação de itens como excursão (6,77%) e hotel (1,06%) e de alguns serviços como manicure (0,85%) e cabeleireiro (0,69%). De acordo com Costa, o período de férias contribui para as altas nos itens excursão e hotel.
A única queda nos preços aconteceu no grupo vestuário, que caiu 1,15%, e ajudou a conter a taxa do mês. A redução foi generalizada, com -2% em roupas femininas, -1,06% no vestuário infantil e -0,99% nas roupas masculinas, além dos calçados, que ficarem em -0,65%.