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Indicador da FGV aponta ritmo lento nas contratações

 - REVISTA MAISJR

(Crédito:Pixabay )

 

O indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 5,8 pontos na passagem de fevereiro para março, e atingiu 93,5 pontos, conforme levantamento da Fundação Getúlio Vargas, divulgado nesta terça-feira (9). Este é o menor nível desde outubro de 2018. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou em 1,1 ponto, para 98,0 pontos, após avançar por quatro meses consecutivos.
Na avaliação do economista do FGV IBRE, Rodolpho Toble, o resultado negativo do IAEmp em março reforça a leitura feita no mês anterior de que os empresários estavam se tornando mais cautelosos após um período de aumento do otimismo. “O ajuste expressivo das expectativas, devolvendo cerca de ¾ da melhora observada ao final de 2018, sugere que o ritmo esperado de contratações continuará lento e gradual”, afirma o economista.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 2,0 pontos em março, para 94,1 pontos, retornando ao nível de janeiro de 2019. Em médias móveis trimestrais o indicador manteve a tendência de queda pelo terceiro mês consecutivo, ao cair 1,6 ponto, para 93,6 pontos. “O aumento do Índice Coincidente do Desemprego (ICD), mantendo-se em patamar elevado, retrata a situação ainda difícil do mercado de trabalho”, enfatiza Tobler.
De acordo com a pesquisa, todos os componentes do IAEmp registraram variação negativa entre fevereiro e março. Os indicadores que mais contribuíram para sua queda foram os de Emprego Local Futuro (-13,4) e de Tendência de Negócios (-8,5 pontos) na margem. Já no ICD, a classe de renda familiar mais baixa foi a que mais contribuiu com o avanço do indicador. O aumento 6,2 pontos para os consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00).
IAEmp e ICD
O IAEmp é um indicador construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, apuradas pela FGC, cujo objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. Já o ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Ele é construído a partir de dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito da Sondagem do Consumidor, que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.