Depois de 10 dias de ritos funerários e uma cerimônia na Abadia de Westminster com a presença de chefes de Estado, o caixão da rainha Elizabeth 2ª seguiu para o Castelo de Windsor. Nesta 2ª feira (19.set.2022), a monarca será enterrada na Capela de São Jorge ao lado de seu marido, o príncipe Phillip, de seu pai, o rei George 6º, da mãe, a rainha mãe Elizabeth, e da irmã, a princesa Margaret.
O caixão chegou na Abadia, em Londres, para o início de seu funeral de Estado às 10h55 (6h55 no horário de Brasília). A família real acompanhou o corpo da rainha do Parlamento britânico até a igreja em uma procissão de cerca de 8 minutos.
Os filhos da rainha, Charles 3º, a princesa Anne e os príncipes Andrew e Edward apareceram atrás do caixão. Os príncipes Harry e William estavam logo atrás.
Ao chegarem na Abadia de Westminster, integrantes da guarda da rainha carregaram o caixão da carruagem até o interior da igreja. O local é o mesmo onde Elizabeth 2ª se casou, em 1947, e foi coroada, em 1953.
Em cima do caixão, tinha um cartão escrito pelo rei Charles 3º que dizia: “Em memória amorosa e dedicada. Charles R.”. Também foi colocado uma coroa de flores e plantas colhidas do Palácio de Buckingham e da Clarence House, em Londres, e de Highgrove House, em Gloucestershire.
As folhagens do adorno foram escolhidas pelo simbolismo:
- Alecrim – associado à lembrança;
- Murta – antigo símbolo de um casamento feliz. A folhagem foi cortada de uma planta cultivada de um ramo de murta usada no buquê de casamento da rainha;
- Carvalho inglês – retrato nacional da força. Representa a constância e o dever inabalável de Elizabeth 2ª e a força de seu amor.
Durante o trajeto, o coro da igreja cantou a frase bíblica conhecida como “As Sentenças” de Apocalipse 14:13. A música é usada em todos os funerais de Estado para reis e rainhas desde o século 18.
Chefes de Estado de outros países compareceram ao funeral da rainha. Entre eles, o presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Também compareceram o presidente dos EUA, Joe Biden com a sua mulher, Jill Biden; o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol. A Abadia de Westminster tem espaço para cerca de 2.000 pessoas.
O serviço foi conduzido pelo sacerdote da Abadia, David Hoyle, e pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby. Em seu sermão, Welby relembrou que a rainha Elizabeth 2ª prometeu em uma transmissão de seu aniversário de 21 anos que toda a sua vida seria dedicada a servir a nação e a Commonwealth. “Raramente, tal promessa foi tão bem cumprida”, afirmou.
Durante a cerimônia, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, foi responsável pela 2ª leitura de uma lição bíblica. Tirada de João 14, o trecho é de conforto e fala sobre a promessa de vida eterna no céu. Trata-se da promessa feita por Jesus de que seus seguidores terão um lugar no paraíso: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, diz Cristo, na passagem.
No final do serviço funerário, foram feitos 2 minutos de silêncio em homenagem à rainha. Depois, o hino nacional britânico com a nova letra alterada para “God save the King” (“Deus salve o rei”, em tradução livre) foi tocado.
Ao deixar a Abadia, o caixão seguiu em um 2º cortejo até o Arco de Wellington, no Hyde Park. Ele foi puxado em uma carruagem de armas da Tropa Real de Artilharia do Rei.
Durante o trajeto, tiros de canhões foram disparados em tributo a monarca enquanto o Big Ben tocou a cada minuto. Alguns trabalhadores do Palácio de Buckingham fizeram uma fila em frente ao prédio para prestar homenagem à rainha.
Ao chegar no Arco Wellington, o caixão foi colocado no carro funerário do Estado para a viagem ao Castelo de Windsor. No momento, cidadãos aplaudiram a rainha Elizabeth 2ª.
Segundo o Guardian, pessoas em Windsor aguardam a chegada da rainha, prevista para às 15h10 (11h10, horário de Brasília).
*Com informações do Poder 360