Aos 92 anos, a atriz e escritora Fernanda Montenegro passou a ocupar a cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Em entrevista à revista Claudia, Fernanda lembrou que a academia teve momentos nos quais não havia mulheres presentes.
No entanto, ela acredita que presença de mulheres nesse espaço será um caminho sem volta. “Isso [presença de mulheres nas cadeiras na ABL] não vai parar. Vai chegar uma hora que talvez tenha mais mulheres do que homens. Certamente, a chegada das mulheres vai ter força e será aceito. É do tempo atual, da justiça em torno da existência humana”, declarou.
Fernanda não esteve presencialmente no local, já que, por norma da ABL, candidatos não podem participar da sessão, que teve início às 16h.
“É algo assim, é uma viagem no imaginário, uma viagem no sublime. A minha arte não é imortal. A arte do ator é enquanto ele está ali vivo, presente em carne e osso. Mas, de uma forma poética, vamos dizer que é imortal. Eu fico muito espantada que uma academia que tem como princípio ser imortal, acolher uma atriz que só existe quando está em cena carnificando o personagem”, disse a atriz em entrevista a Malu Gaspar, do Jornal O Globo.
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