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A ICC Brasil, que reúne os membros brasileiros da International Chamber of Commerce (ICC), a maior organização empresarial do mundo, concluiu mais uma rodada de discussões sobre o projeto O Brasil Quer Mais (BR+), cujo principal objetivo é ampliar o nível de participação do comércio internacional no Produto Interno Bruto (PIB), atualmente em 24%.
Os empresários estiveram reunidos com Roberto Azevedo, diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), e Marcos Troyjo, secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, além de empresários brasileiros e embaixadores de diversos países. As propostas do projeto estão concentradas em três frentes: inserção internacional, recuperação da credibilidade no exterior e inovação.
Segundo Daniel Feffer, presidente da ICC Brasil, quanto mais elevado esse índice, mais integrada será a economia brasileira com o mundo e mais sólidas se tornam as bases para um crescimento econômico sustentável. “O BR+ é uma campanha fundamental nesse momento que o País atravessa. Passamos por uma crise de credibilidade, o que também afetou a inserção internacional do Brasil, resultando na perda de mercados. Vamos estabelecer um diálogo positivo com o governo, apresentando um pacote de medidas de curto, médio e longo prazos, elaborado pelo setor privado para alavancar a competividade do Brasil no cenário global”, define o presidente da ICC Brasil.
Roberto Azevedo destacou a importância da ICC Brasil na promoção do diálogo entre iniciativa privada e governo. “O BR+ é um passo muito importante para que o Brasil se torne mais competitivo. Temos novas tecnologias revolucionando o comércio exterior, o momento é muito oportuno. A falta de competividade leva a defasagem da indústria, que se torna ineficiente e dependente do Estado. A exposição ao mercado internacional contribui para o aumento da competividade industrial”, analisa o diretor-geral da OMC.
Marcos Troyjo projetou os temas que devem ocupar o debate sobre comércio internacional nos próximos anos. “A grande questão será a definição de padrões no que se refere a compras governamentais, legislação ambiental, propriedade intelectual e legislação trabalhista, para que todas as nações joguem o mesmo jogo. Nesse contexto, o BR+ é uma iniciativa muito importante para levar aos parlamentares brasileiros as causas da nossa estagnação, pela perspectiva do setor privado”, diz o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia.
As primeiras propostas já elaboradas pela ICC Brasil serão agora avaliados pela iniciativa privada, que poderá sugerir novos pontos a serem considerados. Todo esse material será compilado em um documento que será entregue ao ministro da Economia Paulo Guedes, ao ministro da Justiça Sergio Moro e ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Marcos Pontes, em abril.