Os emplacamentos de veículo de novos, considerando todos os segmentos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros) somaram 303.319 unidades em janeiro de 2019, o que representa alta de 12,73% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram emplacadas 269.075 unidades. Na comparação com dezembro de 2018 (331.124 unidades), o resultado foi 8,40% negativo.
Para o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), Alarico Assumpção Júnior, o desempenho de janeiro reforça a expectativa positiva da entidade para 2019. “A queda contínua da inadimplência, tanto para pessoa física quanto jurídica, aliada ao aumento da confiança do consumidor influenciaram no resultado deste primeiro mês”, comentou Assumpção Júnior.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves, somados, apresentaram alta de 8,67% em janeiro, se comparado com o mesmo período de 2018, totalizando 190.752 unidades, contra 175.537. Já na comparação com dezembro de 2018, houve retração de 15,21%. “Essa sazonalidade do mercado se deve ao fato de que, em janeiro, o consumidor brasileiro fica menos disposto a trocar de carro, devido às despesas geradas neste período, como IPVA, material escolar, além da antecipação de compras, verificada em dezembro, por conta do 13º terceiro salário e das promoções do período”, explica o presidente.
Caminhões e motocicletas
As vendas de caminhões seguem em ritmo acelerado. Em janeiro foram emplacados 6.932 caminhões, 50,93% acima do resultado de igual mês de 2018, mas com retração de 8,83% na comparação com dezembro passado. Para Sérgio Zonta, vice-presidente da FENABRAVE para o Segmento de Caminhões, Ônibus e Implementos Rodoviários, o agronegócio foi o grande catalisador das vendas de caminhões, sobretudo para os modelos das categorias de pesados e extrapesados. “Além disso, é um segmento ligado ao PIB, e esse resultado consolida a recuperação esperada para 2018”, comentou Zonta.
Em janeiro, o mercado de motocicletas somou 90.722 unidades, o que significa avanço de 17,79% sobre janeiro de 2018 e 7,92% sobre dezembro passado. Para Carlos Porto, vice-presidente do Segmento de Motocicletas da FENABRAVE, o resultado consolida a retomada do mercado, impulsionada pela melhoria na concessão do crédito. “O que vemos é que os bancos estão mais maleáveis na oferta de crédito e na concessão de financiamentos, principalmente, no que se refere aos modelos de baixa cilindrada. Atualmente, a cada 10 fichas cadastrais, cerca de 4 são aprovadas”, comentou Porto.