O dólar hoje opera com forte alta, dando continuidade ao movimento de valorização frente ao real registrado nas últimas sessões, diante do pessimismo global com a política monetária do Federal Reserve (Fed).
O índice preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da última quarta-feira minou as expectativas de afrouxamento monetário na maior economia do mundo neste semestre. Isso leva à queda das bolsas e desvalorização das divisas globais, como o real, frente ao dólar.
Qual a cotação do dólar hoje?
Assim, às 12h25 o dólar à vista operava com alta de 1,05%, a R$ 5,143 na compra e R$ 5,144 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia de 1,01%, aos R$ 5.153 pontos. O DXY, índice global do dólar, subia 0,71%, a 106,03.
O Banco Central programou para esta sexta-feira (12) leilão de até 16.650 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de junho de 2024.
Dólar comercial
- Venda: R$ 5,144
- Compra: R$ 5,143
- Máxima: R$ 5,148
- Mínima: R$ 5,107
Dólar turismo
- Venda: R$ 5,351
- Compra: R$ 5,171
O que está acontecendo com dólar?
“A inflação americana, que por sinal chegou acima do esperado, acabou levando a um forte movimento de aversão a risco global, desencadeando uma grande pressão sobre a moeda americana, fazendo disparar”, disse Márcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX.
Dados de quarta-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor dos EUA aumentou 0,4% no mês passado, depois de avançar pela mesma margem em fevereiro. Nos 12 meses até março, o índice aumentou 3,5%. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 3,4% na base anual.
Nem mesmo um relatório separado, mostrando que o índice de preços ao produtor dos EUA subiu menos do que o esperado em março, conseguiu aplacar o pessimismo do mercado.
“Os dados recentes corroboram uma precificação de apenas dois cortes de juros nos Estados Unidos, e muitos já começam até a especular talvez nenhuma queda em 2024, (com) visão de uma economia ainda forte e mercado de trabalho resiliente. Diante desse cenário, a gente só pode esperar mesmo um dólar forte para os próximos dias.”
Riauba destacou o fato de o dólar já ter se distanciado muito de sua média móvel de 200 dias –indicador técnico importante que está atualmente próximo de 4,93 reais–, o que pode explicar também sua recuperação recente e sinalizar uma tendência desanimadora para o real daqui para frente.
A moeda norte-americana estava a caminho de registrar alta de 1,3% frente ao real na comparação com o fechamento da última sexta-feira, o que marcaria o terceiro ganho semanal consecutivo e o mais intenso desde meados de janeiro.
No exterior, o índice que compara o dólar a uma cesta de pares fortes avançava quase 0,70% nesta manhã, próximo de uma máxima em cinco meses, ainda impulsionado pelos dados desta semana. Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0908 reais na venda, em alta de 0,24%.
(Com Reuters)