Com o procedimento natural do nosso organismo, a pele acaba se modificando por causa da idade. Vêm à tona as indesejadas linhas de expressão. Para evitar um efeito precoce na pele, é preciso evitar alguns hábitos que envolvem desde o consumo de cigarro até a qualidade do sono.
Segundo a dermatologista doutora Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, exposições, tanto ao sol quanto à poluição, são perigosas. A exposição à luz ultravioleta (UV) danifica o DNA das células, tendo como sintomas manchas e aumentando a produção de radicais livres, principais responsáveis pelo envelhecimento da pele. “Além disso, a exposição solar está ligada ao dano oxidativo, à inflamação do tecido e à produção de enzimas que degradam colágeno, resultando em uma pele mais flácida e com rugas”, diz a médica.
Já sobre a poluição, a especialista explica que “a poluição libera metais tóxicos e pesados, como mercúrio e chumbo, que estimulam na pele mensageiros pró-inflamatórios com formação de radicais livres que desencadeiam um processo de envelhecimento precoce, resultando no aparecimento de flacidez, rugas e linhas de expressão graças à destruição do colágeno”.
Drogas como o álcool e o cigarro representam um estimulo ao envelhecimento. O álcool piora a qualidade da pele, por ressecar. O organismo precisa de água para metabolizá-lo. Esta perda d’água afeta a pele, diminuindo o viço e colaborando para o ressecamento e a descamação, além do envelhecimento cutâneo. O álcool estimula a produção de radicais livres, que em contato com as células danificam a sua estrutura, causando envelhecimento precoce e flacidez.
O cigarro por sua vez ocasiona a queda da produção do colágeno. A nicotina, uma das substâncias tóxicas presentes no cigarro, estimula o estresse oxidativo e libera mensageiros que vão causar inflamação na pele e prejudicar a função da barreira, comprometendo a hidratação e favorecendo o aparecimento de rugas e flacidez.
“É durante o sono também que ocorre a produção do hormônio de crescimento IGF1, responsável por regular a insulina, evitando assim que altos índices de níveis glicêmicos envelheçam nosso tecido e provoquem inflamação”, afirma a dermatologista. A falta de sono compromete o tempo necessário para que ocorra o reparo e regeneração da pele, pois é à noite que a produção natural de melatonina, junto com a Glutationa, Superoxido Dismutase e Catalase, fazem parte da defesa do nosso organismo contra os radicais livres.
O açúcar, que não deixa de ser uma droga, faz um processo denominado glicação, que acaba por envelhecer a pele. “Neste processo, o excesso de açúcar no organismo liga-se às proteínas, formando assim os AGEs (produtos finais da glicação avançada). Esses AGEs causam uma desordem tecidual, levando à perda da elasticidade da pele, formação de rugas, menor capacidade de cicatrização e ao envelhecimento do tecido”, diz a médica.
As expressões faciais, feitas repetidas vezes ou de forma exagerada, potencializam a chance de aparecer rugas. Com o tempo, a pele perde a capacidade de voltar ao seu estado normal após acompanhar a movimentação da musculatura, marcando as formas de expressão.
O estresse altera o funcionamento do organismo humano e faz com que a vida da célula seja reduzida. “Com isso, a o aumento da produção de radicais livres e a aceleração do envelhecimento biológico, dificultando a capacidade da pele de fazer a renovação celular e produzir colágeno”, finaliza.
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