Com valores que partem de R$ 500 mil e ultrapassam R$ 8 milhões, as franquias com os maiores investimentos iniciais do Brasil abrangem segmentos diversos, e costumam contar com maior suporte e acesso a fornecedores credenciados do que as com investimentos iniciais mais baixos. Embora ainda envolva riscos, a grande vantagem desse tipo de empreendimento é a oportunidade de fazer parte de uma rede que já tem um modelo de negócios formatado e testado.
De acordo com dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), no segundo semestre de 2021, as franquias brasileiras registraram faturamento de R$ 41 bilhões, sendo que os negócios de alimentação e saúde foram os que tiveram melhor desempenho. Ainda assim, o setor está 4,6% abaixo do nível pré-pandemia, durante a qual o segmento de hotelaria e turismo levou o maior prejuízo.
No entanto, Beto Filho, presidente da seccional do Rio de Janeiro da AFB, argumenta que a pandemia também acabou criando novas oportunidades. “Foram liberados muitos pontos comerciais interessantes, inclusive em shoppings, o que abre possibilidades em áreas como alimentação e moda. Mesmo em hotelaria e turismo, há uma grande demanda reprimida, e quem conseguir se colocar de forma estratégica neste momento pode colher bons frutos em um futuro próximo.”
Filho, contudo, destaca a importância de o investidor ter alguma experiência em gestão e um conhecimento profundo de finanças para administrar uma franquia com investimento inicial elevado. Afinal, existem diversas variáveis que podem afetar o sucesso de uma unidade.
Escolha do ponto, concorrência, qualidade operacional, diferenciação e aceitação do público são alguns desses fatores, segundo o presidente. “Neste momento, analisar os canais digitais de venda e presença online da marca também são cuidados vitais.”