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O Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal (INCAF) no terceiro trimestre de 2018 foi de 2,1%, três vezes acima da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) no período. No acumulado dos últimos 12 meses, o INCAF acumula alta de 7,9%, para uma inflação de 3,3%.  Os dados são da Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, que monitora a  evolução dos custos da atividade florestal no Brasil e é divulgado trimestralmente.

“A valorização do dólar combinada ao aumento dos preços em dólares dos fertilizantes importados foram os grandes responsáveis pela variação do INCAF no terceiro trimestre”, explica Dominique Duly, gerente de consultoria em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil e que coordena a elaboração do índice. Segundo a gerente, no curto prazo, a evolução do INCAF nem sempre repercute nos preços de madeira pagos pelas indústrias, que dependem muito mais do balanço entre a oferta e a demanda ou de alguns fatores exógenos, como o dinamismo do mercado de construção americano. “Contudo, é um importante termômetro que possibilita avaliar a rentabilidade dos produtores de madeira”, revela.

O boletim, publicado trimestralmente pela Pöyry de forma contínua desde 2007, contém dados de preços e custos da indústria de base florestal. As estimativas de preço de madeira e de custos de florestas publicados são resultados da coleta de dados primários de mais de 150 empresas localizadas nas principais regiões florestais do Brasil, que compreendem os estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Todos os preços de madeira publicados incluem os impostos PIS e Cofins. Os preços de madeira em tora são sempre com casca. Além dos preços de madeira em tora e custos florestais levantados diretamente no mercado, outros indicadores relativos ao mercado florestal nacional, coletados de fontes oficiais, complementam a análise.

Foto: Divulgação