O chefe de gabinete do governo da Argentina, Santiago Cafiero, disse neste domingo (15.dez.2019) que as compras em dólares feitas por argentinos serão taxadas em 30%. A declaração foi feita à Rádio 10, emissora da capital do país, Buenos Aires.
A medida abarcará compras de ingressos feitos na moeda norte-americana e também pagamentos de serviços como o Netflix, gigante do streaming de vídeo. Até então, o governo vinha informando que a nova taxa seria de 20%.
“O imposto será cobrado nas compras na moeda estrangeira é de 30% e não de 20%. Tem uma lógica solidária e contributiva”, afirmou.
Além de proteger as reservas do Banco Central, a Casa Rosada tenta reativar o setor de turismo local, segundo o ministro. “É uma atividade muito dinâmica que atualmente gera emprego sazonal. Dessa forma, favorecemos o turismo local”, completou.
A Argentina está sob nova administração desde a última 3ª feira (10.dez.2019), quando tomou posse o novo presidente eleito Alberto Fernández. Ele trabalha para a economia do país, que está em crise, ganhar tração.
Fernández promete o fim das políticas pró-mercado. A inflação está acima de 54% em 12 meses e os indicadores apontam para crescimento da pobreza. Ele publicou inclusive, 1 decreto na 6ª feira (13.dez) que aumenta os custos para a demissão de trabalhadores sem justa causa nos próximos 180 dias.
A determinação do governo dobra o valor da rescisão contratual. O ministro do Trabalho, Claudio Moroni, disse que a decisão levou em conta a situação do desemprego no país.
A taxa de desemprego na Argentina subiu para 10,6% no 2º trimestre de 2019, frente os 9,6% registrados em 2018. Segundo o governo, os jovens foram os mais atingidos, com uma taxa de desemprego de 24%.
Foto: © reprodução/Twitter – @alferdez A equipe econômica de Fernández diz que a medida é para proteger as reservas do Banco Central da Argentina