A acne não deve ser tratada como um problema de pele particular dos adolescentes, pois também é relativamente comum ver adultos sofrerem com as tão indesejáveis espinhas. Alterações hormonais, má alimentação, falta de cuidados com a pele e até estresse são alguns dos fatores que podem levar pessoas de diferentes idades a desenvolver essa doença da pele que afeta a aparência e por isso, até a autoconfiança de algumas pessoas.
“Condições de saúde e estilo de vida caracterizadas por rotina exaustiva, sedentarismo e maus hábitos alimentares favorecem o aumento na produção de sebo (óleo) pelas glândulas da pele, o que faz com que essa oleosidade excedente se deposite nos folículos pilosos, que ficam tomados por bactérias, e assim se inflamam”, explica a dermatologista Maria Paula Del Nero.A alimentação também influencia na melhora ou piora da acne, mas não do jeito que se pode imaginar. O consumo excessivo de gorduras pode prejudicar a saúde e influenciar na beleza da pele, mas não há nenhuma comprovação científica de que esse grupo alimentar esteja relacionado ao aparecimento de espinhas. “Hoje se tem convicção de que são os carboidratos, como pães, massas, arroz e doces, que podem agravar ou desencadear o quadro de acne, pois eles aumentam o nível de insulina no sangue, sensibilizando a pele ao estímulo hormonal”, declara a dermatologista.
As formas de tratamento variam de acordo com a gravidade do problema. Para o tipo mais comum, a chamada acne vulgar, que atinge os adolescentes e adultos jovens e é caracterizada por espinhas e cravos superficiais na pele, o mais indicado é o tratamento tópico. “Ele engloba o uso de sabonete antiacne e filtro solar sem óleo durante o dia e de substâncias anti-inflamatórias à base de ácido retinóico e peróxido de benzoíla no período da noite, por exemplo Esses produtos ajudam na cicatrização dos furinhos”, afirma a Dra. Maria Paula.Para os casos mais agudos, como a acne cística ou fulminante, mais comum, respectivamente, em homens adultos e adolescentes, apresentando cistos, nódulos e espinhas grandes e profundas, recomenda-se o cuidado via oral por meio de antibióticos. Mas ainda não é garantia. “Mesmo com o uso desses remédios, alguns pacientes podem continuar apresentando os sintomas. Nesses casos, indica-se outros medicamentos que exigem prescrição e controle médico especializado”, ressalta a especialista.
Escolher os produtos certos para cuidar da pele também é uma medida eficaz para combater ou, ao menos, controlar o aparecimento de espinhas. Mas engana-se quem pensa que os produtos para pele oleosa ou com acne podem ser usados livremente por quem lida com esses probleminhas. “Algumas composições podem ser tão fortes ao ponto de causar o ressecamento da pele, o que vai aumentar a produção de oleosidade para compensar essa perda excessiva, provocando um efeito rebote”, orienta a médica. Por isso, vale sempre consultar o dermatologista para saber quais são os melhores produtos para o seu caso.
Fotos: Reprodução
Deixe um comentário