Com mais de meio milhão de empreendimentos, supermercados têm saldo positivo na contratação de pessoal

Segundo dados do Empresômetro, empresa especialista em inteligência de mercado, há mais de 545 mil empresas dedicadas à venda de produtos alimentícios em forma de supermercados, minimercados, armazéns e mercearias.

“É uma atividade que, mesmo em momentos difíceis, fará parte de quase todo mundo. Eles fornecem o que é essencial para a sobrevivência e dificilmente serão tirados do mercado”, explica o CEO do Empresômetro, Otávio Amaral.

A região Nordeste é a mais bem servida quando falamos em pequenos empreendimentos do setor e a terceira do país em supermercados.

As cidades de Fortaleza, Salvador, Teresina e Recife contam com mais de 21 mil negócios; somente a capital do estado do Ceará tem quase metade desse número: são 9.693 que, em termos percentuais, somam 44%. Já Salvador é a capital da região com maior número de supermercados.

 

CNAE 4711-3/02 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados 4712-1/00 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns
Cidade Empresas Cidade Empresas
SÃO PAULO 1.818 SÃO PAULO 16.274
BRASÍLIA 917 FORTALEZA 9.693
GOIÂNIA 551 RIO DE JANEIRO 7.580
BELO HORIZONTE 434 SALVADOR 6.842
RIO DE JANEIRO 396 MANAUS 4.718
FORTALEZA 353 BRASÍLIA 3.734
PORTO ALEGRE 312 PORTO ALEGRE 3.393
APARECIDA DE GOIÂNIA 276 CURITIBA 3.084
CURITIBA 263 TERESINA 2.781
CAMPINAS 254 RECIFE 2.332
PALMAS 234 FEIRA DE SANTANA 2.262
CAMPO GRANDE 215 BELO HORIZONTE 2.258
SALVADOR 200 MACEIÓ 2.233

 

Ainda falando em supermercados, Goiânia é a cidade do Centro- Oeste brasileiro com maior número deste modelo de negócios, mas a região é somente a quarta. Quando trazemos os dados referentes a minimercados, a região é última colocada, com pouco mais de 35 mil negócios.

O setor traz boas notícias quando se fala em contratação de pessoal. Segundo dados colhidos pelo Empresômetro, da base do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o saldo, de 2014 até agora, é positivo, isso quer dizer que foram empregadas mais pessoas do que desligadas no período analisado.

 

Admissões Desligamentos Saldo
2014 875.158 833.684 41.474
2015 761.077 752.380 8.697
2016 636.534 628.252 8.282
2017 617.282 605.403 11.879
2018 640.903 623.090 17.813
2019 157.675 175.046 -17.371
Saldo Total 70.774

 

O ano de 2019 parece ser um marco de mudanças, com maior número de desligamentos. Com saldo negativo em relação aos outros anos, mostra que o empresariado demitiu mais do que contratou.

Segundo Amaral, “a tecnologia empregada nos supermercados, a falta de confiança da população para gastar nos mesmos patamares de 2017 e 2018, além de diversos fatores como aumento de despesas e custo com insumo, fizeram com que o empresariado do setor demitisse mais e contratasse menos”.

Com certeza será difícil bater os dois últimos anos (2017 e 2018), pois foram abertos mais de 90 mil mercados no país, segundo os dados do Empresômetro, os maiores números desde 2014.

CNAE 4711-3/02 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados 4712-1/00 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns
Ano Empresas Ano Empresas
2017 2.990 2018 45.322
2018 2.932 2017 40.410
2016 2.567 2016 35.684
2015 2.250 2019 33.952
2014 2.172 2015 32.694
2019 1.902 2014 26.205
Total Geral 14.813 Total Geral 214.267

 

Mesmo com somente 9,71% do total de empresas do setor, os grandes varejistas são os que mais empregam.

“Um empreendimento grande pode chegar a empregar diretamente mais de 300 pessoas, fora a geração dos empregos indiretos; é uma força muito grande dentro do mercado e da economia de qualquer país”, afirma Amaral.

É um setor que, embora tenha demitido mais em 2019, tem capacidade de suportar consideráveis mudanças econômicas e manter em seus quadros de funcionários muitas pessoas.

“Tudo isso demonstra que os mercados e demais negócios do mesmo segmento resistem e procuram crescer e se adaptar de acordo com o perfil da população. Com esses empreendimentos cada vez mais presentes em todos os cantos das cidades, e com a crescente população e habitação de lugares onde antes não havia moradias, os mercados ganham seus espaços e atingem parcelas de consumidores que preferem comprar perto de casa, o que acaba fomentando a economia e multiplicando esse tipo de empreendimento”, conclui Amaral.