Em agosto do ano passado, enquanto NFT ainda era um conceito muito mais inacessível do que atualmente, a Visa pagou o equivalente a US$ 150 mil, ou quase R$ 800 mil por um token não fungível, o CryptoPunk 7610. A transação, muito além do aspecto de vanguarda da empresa, tinha a intenção de sinalizar que a companhia não só acreditava na tecnologia como entendia que ela marcava uma nova fase da economia digital.
No artigo “NFTs Marcam Novo Capítulo para o Comércio Digital”, publicado em seu site, a Visa chegou a associar o mundo dos tokens ao início da internet, ou a chamada Web 1.0. “À época, muitas pessoas eram céticas em relação a incluir seus dados bancários em um site. Hoje, algo que se tornou tão comum a ponto de as pessoas nem se recordarem daqueles tempos. Para nós, criptomedas e NFTs ganharão cada vez mais relevância e mudarão o rumo de muitas coisas”, dizia o artigo.
Com esse mesmo entusiasmo para a tecnologia, porém apresentando possibilidades concretas de como a chamada Web3 pode mudar a dinâmica dos negócios, Nuno Lopes, há um ano à frente da Visa no Brasil, conversou com a Forbes Brasil, na sede da empresa, em São Paulo. Para Nuno, NFTs, criptomoedas, e o próprio metaverso, ampliam as possibilidades de experiências e uso, o que naturalmente expande a quantidade de transações financeiras.
“Hoje, a Visa opera com o objetivo de ser a rede das redes e isso tem uma relação direta quando falamos de novas tecnologias, plataformas e possibilidades. Os desafios estão dados, mas o próprio mercado de meios de pagamento nos ensina que, no passado, tínhamos lugares que não aceitavam determinadas bandeiras, o que limitava a forma das pessoas pagarem. Isso ficou para trás e para mim, no metaverso, não é diferente, ainda vamos evoluir de redes que nasceram fechadas para aquelas que vão se conversar”, destaca.
*Com informações da Forbes