A venda de ações da Petrobras e de outras empresas listadas no primeiro trimestre de 2019 levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a registrar lucro líquido de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre de 2019, um crescimento de 436,7% diante dos R$ 2,1 bilhões registrados no primeiro trimestre do ano passado. “O resultado obviamente mostra que o BNDES continua muito vigoroso”, comentou o presidente da instituição, Joaquim Levy, em entrevista coletiva para a divulgação do resultado trimestral,
Além do lucro expressivo, os dados do primeiro trimestre do ano mostram a apuração de R$ 5,2 bilhões de tributos no conceito de competência e de R$ 7,1 bilhões no conceito de caixa, contribuindo, assim, de maneira substancial para o resultado fiscal do governo federal em 2019.
Participações societárias – O desempenho positivo com participações societárias do Sistema BNDES – incluindo a subsidiária BNDES Participações S.A. (BNDESPAR) – no primeiro trimestre de 2019, de R$ 12,5 bilhões, refletiu o crescimento de R$ 9,3 bilhões (1.081,0%) do resultado com alienações de investimentos, com destaque para a alienação de ações de Fibria, Petrobras, Vale e Rede Energia.
“Realizamos com grande lucro em relação ao valor que compramos as ações da Fibria lá atrás”, afirmou. “Também tivemos lucro com Petrobras e da Rede. Mais um ciclo completo. E, quando isso ocorre, a BNDESPAR pode sair e iniciar outros trabalhos”.
Em 31 de março de 2019, a participação total do Sistema BNDES na Petrobras era de 13,90%, ante 15,0% em 31 de dezembro de 2018. As ações de Rede Energia foram alienadas em sua totalidade, passando a BNDESPAR a não mais participar do capital dessa companhia. No caso da alienação da participação em Fibria, 75% do montante foi recebido em caixa e o restante em participação da empresa Suzano.
O valor da carteira de participações societárias (participações em coligadas e não coligadas e em fundos de investimento de renda variável), líquido de provisão para perdas, atingiu R$ 108,3 bilhões em março de 2019, um crescimento de R$ 11,9 bilhões (12,3%) em relação a dezembro de 2018.
Esse ganho se explica principalmente pela valorização da carteira de participações em sociedades não coligadas, especialmente dos investimentos em Petrobras, Suzano e Eletrobras. Essa apreciação refletiu positivamente no patrimônio líquido do banco.