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A Febraban e seus bancos associados estão preparados para o início do lançamento do PIX, que começa oficialmente na próxima segunda-feira, dia 16, às 9h, para todas as pessoas e empresas que tenham uma conta corrente, conta poupança ou uma conta de pagamento pré-paga em uma das 762 instituições participantes do sistema de pagamentos instantâneos. Com o Pix será possível fazer transações financeiras por 24 horas, em todos os dias do ano, inclusive finais de semana e feriados, em até 10 segundos.

A Federação avalia que o funcionamento do sistema no período de testes mostrou-se eficiente, com volumes significativos de transações. Desde o dia 03, início da fase de testes (intitulado soft opening), até ontem (12) foram feitas 826 mil transações, totalizando cerca de R﹩ 325 milhões. Neste período foram cadastradas 69,5 milhões de chaves Pix, sendo 66,6 milhões de pessoas físicas. Até o momento, o tipo de chave mais cadastrada é a do CPF, com 25,4 milhões, segundo dados do Banco Central.

“Estivemos em constante processo de preparação juntamente com o Banco Central e os bancos estão bem preparados para dar vazão ao início das transações do Pix, bem como para corrigir eventuais problemas pontuais que possam ocorrer, o que é natural em qualquer grande processo de inovação tecnológica”, afirma Isaac Sidney, presidente da entidade.

Isaac ressalta que os bancos brasileiros sempre estiveram na vanguarda da tecnologia bancária mundial, e faz investimentos maciços em TI, que só no ano passado totalizam R﹩ 24,6 bilhões. Como exemplos, ele cita que o Brasil foi o primeiro país que introduziu chips em cartões de crédito, começou a fazer transferências via DOCs e TEDs antes de muitos países desenvolvidos, e foi pioneiro em adotar o internet e o mobile banking.

“O Pix se somará a outras importantes mudanças que o setor bancário já introduziu no dia a dia das pessoas ao longo dos anos, todas já incorporadas no cotidiano do cidadão”, diz. Ele ressalta que, para aderir ao PIX, os bancos brasileiros investiram recursos adicionais em infraestrutura, tecnologia e segurança para padronizar e organizar um sistema dentro um ambiente de comodidade e confiabilidade para o cliente. Entre as áreas mais impactadas, estão a de Tecnologia, com o desenvolvimento de sistemas e adequação dos sistemas legados, e também a de Experiência do Usuário, para direcionar as mudanças nos canais digitais.

Vantagens

Para a Febraban, o Pix irá trazer inovação para o sistema financeiro e maior conveniência para milhões de brasileiros em suas operações financeiras do dia a dia. Entre outras vantagens, a Federação também destaca:

– a utilização de chaves de endereçamento (celular, e-mail ou CPF) para localizar os dados da conta do recebedor dá muita conveniência e comodidade ao cliente usuário

– o Pix tem o potencial de reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais, que somente de custo de logística totaliza cerca de R﹩ 10 bilhões ao ano

– a iniciativa deverá reduzir a necessidade de saques em espécie nas agências e nos caixas eletrônicos, o que também traz maior conveniência aos clientes bancários

– a economia tende a ganhar mais velocidade e ritmo, já que recursos entram e saem das contas de forma instantânea, 24 horas por dia, 7 dias por semana

-o Pix deverá transformar-se em uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no país

Transações seguras

Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da FEBRABAN, ressalta que os bancos usarão toda sua expertise com o sistema de pagamentos instantâneos, como já fazem com TED e DOC, transferências e boletos, com as melhores tecnologias e o que há de mais moderno em relação à segurança cibernética e prevenção a fraudes.

“Segurança é uma preocupação permanente dos bancos e no caso do Pix estamos bastante vigilantes”, diz. “Dos R﹩ 24,6 bilhões que os bancos investem em tecnologia, mais de R﹩ 2 bilhões são voltados para segurança da informação”, acrescenta.

Entretanto, Vilain destaca que o cliente deve ficar atento para tentativas de fraudes através de engenhara social, como ataques de phishing, que usa técnicas de engenharia social através de e-mails e SMS falsos ou telefonemas se fazendo passar pelo banco – quando o criminoso manipula a vítima para que ele forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões. Atualmente, 70% das tentativas de fraudes estão vinculadas à engenharia social.

“O cadastramento da chave Pix deve ser feito unicamente nos canais oficiais das instituições financeiras, como o aplicativo bancário e internet banking. O consumidor não deve clicar em links recebidos por e-mails, pelo WhatsApp, redes sociais e por mensagens de SMS, que direcionam o usuário a um suposto cadastro falso da chave do Pix”, alerta.