Banco atinge R$ 3,3 bi em empréstimos no Pronampe em dois dias

O Banco do Brasil já contratou R$ 3,3 bilhões em empréstimos a micro e pequenos empresários em dois dias de operação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). O banco se aproxima, assim, da meta de esgotar os recursos da iniciativa, aposta do governo Bolsonaro para destravar o crédito para esse público, ainda nesta semana.

Criada para auxiliar as micro e pequenas empresas durante a crise do novo Coronavírus, a nova linha oferece empréstimos de até 30% da receita anual registrada em 2019.  As contratações devem ser realizadas em até três meses a partir de 18 de maio, data de publicação da Lei n° 13.999/2020, podendo o prazo ser prorrogado por mais três meses. 

O limite para o BB e os grandes bancos em geral é de R$ 3,7 bilhões – a cifra depende do porte da instituição. Os principais concorrentes privados ainda não começaram a operar a linha. Por ora, além do BB, a Caixa Econômica Federal é o único grande banco que opera o programa e já emprestou quase R$ 1,5 bilhão na modalidade.

A Caixa Econômica Federal passou a isentar a cobrança de Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) da linha de crédito Giro Caixa Pronampe. A tarifa vinha sendo efetivada no momento da contratação, como acontece com todos os produtos de crédito do banco. Clientes que já efetivaram o contrato terão devolução efetuada em conta da empresa.   

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, disse nesta terça-feira, 7, que os recursos disponibilizados para crédito no Pronampe já foram quase todos tomados.

“Já estamos preocupados, porque recursos do Pronampe vão terminar em breve”, admitiu, durante audiência pública virtual da Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas ligadas à pandemia do novo coronavírus.

O orçamento total do Pronampe é de R$ 18,7 bilhões, a partir de R$ 15,9 bilhões que foram aportados em recursos do Tesouro Nacional no Fundo Garantidor de Operações (FGO) para serem utilizados como garantias. Administrado pelo BB, o FGO irá cobrir 100% das operações e até 85% de eventuais perdas que os bancos tenham com a linha.