O anúncio de uma nova onda da pandemia na Argentina é consequência do último relatório sobre a situação sanitária no país. O panorama descrito pelo Ministério da Saúde argentino apontou que os contágios duplicaram em apenas uma semana, triplicaram em duas semanas e quadruplicaram em um mês.
Nos sete dias prévios, houve 33.989 casos, 92,6% a mais do que os 17.646 de uma semana antes. Foram 182% a mais do que há duas semanas. Nas últimas quatro semanas, os contágios aumentaram 305,2%, passando de 8.387 aos atuais 33.989.
A ministra sublinhou um “panorama em relação à vacinação que permite atravessar uma nova fase da pandemia”.
“Não há possibilidade de novos confinamentos”, garantiu Vizzotti, descartando a possibilidade de novos confinamentos como os praticados em 2020, quando a Argentina teve, durante 233 dias, a quarentena mais prolongada e estrita do mundo.
“Os casos vão aumentar. Por isso, precisamos avançar com a vacinação para que não se traduzam em hospitalizações nem mortes”, orientou a ministra Vizzotti.
Nova onda de casos leves
Apesar do aumento de contágios, o índice de ocupação de leitos nas UTI mantém-se estável em 41,2% e o número de mortes até diminuiu na última semana de 76 a 47, uma queda de 40%.
“Isso indica que estamos começando uma nova onda, mas numa nova onda de casos leves”, diferenciou o ministro da Saúde do país, Fernán Quirós.
“Não será como nas ondas anteriores em que os casos subiam, depois aumentavam as internações e dias depois os pacientes faleciam. Desta vez, será uma enorme maioria de casos leves graças à vacinação e à imunidade adquirida”, prevê Quirós.
*Por RFI – Foto – capa: Maria Eugenia Cerutti/AFP