Na prática, os inquilinos que pagam atualmente um aluguel de R$ 1.500 terão que desembolsar R$ 1.660,8 (+R$ 160,80) todos os meses para continuar morando no mesmo imóvel. Para evitar o peso no bolso, especialistas recomendam a renegociação com o proprietário do imóvel.
O resultado mantém a trajetória de queda dos reajustes atrelados ao IGP-M iniciada há um ano, quando os contratos de aluguel com aniversário no mês de julho foram reajustados em mais de 37%.
Para André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), a desaceleração do índice é reflexo dos recuos observados nas taxas de variação dos preços aos produtores (de 1,45% para 0,45%) e aos consumidores (de 1,53% para 0,35%) devido à alta menor apurada nos preços dos combustíveis fósseis.
“No índice ao produtor, o óleo diesel, combustível de maior peso, variou 3,29% em maio, ante 14,70% em abril. Já no IPC (Índice de Preços ao Consumidor), a gasolina, combustível com maior destaque no orçamento familiar, subiu 1,01% em maio, depois de ter avançado 5,86% em abril”, explica Braz.
O cálculo do IGP-M leva em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e na construção civil. Por isso, a variação é diferente da apresentada pela inflação oficial, que calcula os preços com base em uma cesta de bens determinada para famílias com renda de até 40 salários mínimos
Diante da diferença entre os indicadores, algumas imobiliárias já passaram a utilizar a inflação oficial para reajustar os novos contratos de aluguel. Para quem deseja fugir da alta considerável, a melhor orientação é negociar a melhor forma para evitar que os pagamentos pesem no bolso de inquilinos e proprietários.