Em julho de 2016, a empresa Mind Miners e o Centro de Inteligência Padrão (CIP) realizaram a Pesquisa Jovens Digitais: Geração Transformadora, que entrevistou 1330 jovens de todo o Brasil, nascidos entre 1985 e 1999, com o objetivo de analisar tendências sociais, do trabalho e de consumo desta geração chamada millenials. O estudo apurou que 71% dos jovens entrevistados pretendem mudar de emprego ou atividade entre 2 e 5 anos e que 51% desse montante deseja enveredar pelo empreendedorismo e ter um negócio próprio. O empreendedor digital e idealizador dos sites Empreendedor Digital e Férias Sem Fim, Bruno Picinini, incluído nesta geração, já fez este caminho há alguns anos, deixando um emprego estável em um escritório de arquitetura para se dedicar ao empreendedorismo. Munido de sua experiência, Picinini dá alguns conselhos para estes jovens que planejam, em breve, seguir rumo semelhante.
O mais comum é que o jovem, ainda iniciando no mercado de trabalho, não possua muito dinheiro para iniciar o negócio próprio. Desse modo, Picinini recomenda que se invista em um negócio online, que tem um potencial muito grande e se pode começar, sem problemas, com um investimento muito baixo. “Pode-se iniciar até sem gastar nada. Com um canal no Youtube, por exemplo. Teste e veja o que dá certo. Avance conforme a renda aumentar”, afirma o empreendedor digital. Segundo Picinini, em um negócio convencional, facilidades como estas não existem. “O empresário sempre terá custos grandes de estoque, logística, aluguel, funcionários, e outros”, diz.
Picinini recomenda especialmente o negócio online baseado na venda de infoprodutos, chamado por ele de “Negócio Lifestyle”. O objetivo deste tipo de empreendimento, segundo o empresário, é simples: financiar a liberdade e estilo de vida de quem está empreendendo. “É com um negócio assim que se pode começar com pouco e escolher exatamente a área na qual se quer trabalhar”. De acordo com Picinini é o tipo de empreendimento mais fácil e estável. Esse perfil de empreendimento também é ideal, segundo o empreendedor, para o jovem que tem que dividir seu tempo com outras atividades, como estudo e emprego. Ao comercializar um infoproduto suas vendas não dependem do tempo em si. “É só o tempo de preparar e montar o negócio. Depois, só é preciso continuar vendendo mesmo sem fazer muito mais, ou quase nada”, afirma.
A empolgação é algo corriqueiro nos jovens. Neste sentido, aumentam as chances de um jovem querer fazer de um passatempo ou de uma paixão um negócio. Contudo, este hobby ou esta paixão nem sempre tem um mercado lucrativo. Picinini aconselha que o jovem que deseja se tornar um empreendedor tome cuidado para não cair nesse tipo de armadilha. Segundo o empreendedor, quando se trata de negócio quem dá as cartas é o mercado. “Ninguém se importa se você gosta de fazer a atividade X ou Y. O que interessa para seu público consumidor é se você pode ajudá-los”, declara. Em um aspecto mais geral, Picinini aconselha que os empreendedores jovens tenham cuidado com frases que romantizam o mercado de trabalho como “faça o que você ama” ou “acredite em seus sonhos”. “Se você não combinar amor e sonhos com uma boa dose de trabalho, não vai adiantar nada”, conclui.
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