Leila Pereira, presidente do Palmeiras, colocou o Verdão novamente no noticiário esportivo da última semana ao anunciar, na segunda-feira (30), a compra de um avião particular para o time fazer suas viagens.
A aquisição do Embraer modelo E-190, feita por meio da Placar Linhas Aéreas S.A, empresa criada pela mandatária em outubro de 2022, tem como objetivo trazer vantagens econômicas e esportivas ao clube.
Dependendo da configuração, a aeronave pode transportar até 124 passageiros. O modelo adquirido por Leila para o Palmeiras conta com espaço para 114 pessoas e pode chegar a custar até 55 milhões de dólares, o que na atual cotação chega a R$ 280 milhões, a depender do ano de fabricação.
No entanto, para além dos gastos na compra da aeronave, os custos para quando o avião estiver em solo também devem ser colocados na ponta do lápis.
As companhias aéreas têm, como prática, manter os aviões no ar o máximo possível devido aos altos valores desembolsados quando a aeronave fica em solo. No caso do Palmeiras, parte considerável dos jogos são disputados no Allianz Parque e no estado de São Paulo. Dessa forma, a aeronave não será utilizada pelo Verdão com tanta frequência.
Aluguel de hangar, gerenciamento, seguro e mais
O primeiro gasto é com os serviços de hangaragem, onde ficará guardado o avião quando não estiver voando. No Brasil, em aeroportos executivos — não destinados a voos comerciais — esse serviço não sai por menos de R$ 80 mil por mês, segundo informações obtidas pelo R7.
Além desse valor gastos com o gerenciamento da aeronave também vão sair do bolso da mandatária palmeirense. O serviço, que é cotado, no mínimo, em R$ 45 mil por mês, inclui todas as despesas que envolvem a viagem, como tripulação para os voos, alimentação, etc. Os valores aumentam caso a aeronave também seja destinada para taxi aéreo.
Gastos com seguro e manutenção também entram na conta, mas são pagos anualmente. O R7 tentou contato com a Embraer, responsável pela manutenção das aeronaves, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
A respeito do seguro, fontes ouvidas pela reportagem afirmaram que são desembolsados pelo menos 250 mil dólares por ano, cerca de R$ 1,276 milhão na cotação atual, para aeronaves de pequeno porte.
Ou seja, colocando na ponta do lápis todos os gastos que envolvem manter uma aeronave em solo, Leila Pereira e sua empresa devem gastar, pelo menos, R$ 2,7 milhões por ano, em valores aproximados, sem contar as despesas com a manutenção da aeronave.
O Palmeiras, por sua vez, vai ficar isento dos gastos citados acima. No entanto, terá de arcar com outras despesas como combustível, tarifas aeroportuárias e tudo que envolver o preço da operação.
*Com informações do R7