Como ser o gestor financeiro da sua vida

Segundo a professora Luciana Borges, coordenadora dos cursos de Administração e Tecnologia em Processos Gerenciais da Faculdade de Tecnologia Termomecanica – FTT, existem três passos fundamentais para quem deseja colocar a vida financeira em ordem em 2017 e planejar melhor suas atividades.

1º passo

Entenda que tipo de consumidor você é. Faça uma análise do ambiente em que vive e seja honesto com você mesmo: o seu padrão de vida condiz com o seu salário? O que realmente você precisa e o que você apenas deseja?

Uma ferramenta conhecida como Análise SWOT, utilizada para revelar pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças de uma empresa, pode te ajudar a se compreender melhor como consumidor, como no exemplo a seguir:

  • Ponto forte: ter uma planilha com os gastos, consciência de todos eles, reconhecer os custos fixos, reconhecer o que é necessário e o que pode ser postergado para aquisição.
  • Ponto fraco: procurar satisfação ou compensação em coisas materiais, desorganização.
  • Oportunidades: investimentos em ações, títulos, poupança ou cotas de fundos, descontos para quitar dívidas à vista.
  • Ameaças: riscos de demissão, inflação alta, cartão de crédito e cheque especial.

 2º passo

Entenda os seus gastos. Tê-los em uma planilha é crucial para quem deseja ter tudo em ordem e vários aplicativos para smartphone podem te ajudar nisso.

  • Separe custos fixos como aluguel e contas de água e luz, por exemplo, daqueles gastos que não são contínuos ou primordiais, como atividades de lazer, entre outros. Lembre-se que custos fixos são aqueles que independentemente do que aconteça, você os terá mensalmente.
  • Avalie o que precisa ser mantido entre os gastos que não são contínuos e entenda que, se o objetivo é economizar e se reorganizar, será necessário se privar de algumas coisas até que tudo esteja em equilíbrio.
  • Utilize os ganhos extras, como 13º, para quitar as dívidas.

3º passo

Fique atento às notícias do mercado financeiro. Elas podem parecer algo totalmente fora da sua realidade, mas todas, direta ou indiretamente, afetam o seu bolso e suas decisões.

  • Desacertos políticos de um país causam dúvidas no investidor externo e, em um efeito cascata, reduzem a produção industrial, vagas de empresa e desvalorizam a moeda.
  • O dólar em alta atrai turistas para o Brasil. Desta forma a demanda aumenta e o turismo nacional também fica mais caro para os brasileiros. Por isso, em tempos de crise, vale a pena procurar por locais onde a sua moeda vale mais e serviços como transporte e hospedagens são mais acessíveis.
  • A construção civil é um dos primeiros setores a serem influenciados pela oscilação na economia. Um momento de retração econômica pode ser favorável para quem deseja comprar imóveis, por exemplo.

Foto: Reprodução


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