Nos ambientes corporativos que tive oportunidade de conhecer, não apenas como executivo da Amil em diversas áreas, mas sobreturdo no período que realiza venda consultiva a grandes contas (e foram dezenas), tive os profissionais de RH como interlocutores e, seguramente, foi o período em que mais tive oportunidade de aprender sobre a natureza humana. Uma sorte grande.
As interações necessárias para explorar as “dores” das empresas nas questões de saúde corporativa, representaram verdadeiras imersões em outras estruturas essenciais, muito além do benefício de assistência médica. A cultura organizacional, políticas de remuneração e incentivo, segurança do trabalho, modelos operacionais e comerciais, capacitação e treinamento. Para que eu pudesse entregar um bom “tratamento da dor”, precisava olhar o “paciente” da forma mais ampla possível. Uma espécie de “anamnese” seguida de “pedidos de exames”, simples e complexos, em boa parte dos casos.
Durante a etapa de exploração dos sintomas (dores), visíveis e, às vezes, nem tão visíveis, achava incrível como o executivo ou executiva de RH se mostravam líderes servidores, porém, em boa parte dos casos, solitários em seus imensos desafios. Equilibravam as metas da alta direção e os recursos humanos, as vezes, insuficientes para o cumprimento destas metas. Era neste momento que os líderes que promoviam a colaboração corporativa se destacavam e faziam acontecer.
O resultado vinha do improvável, mesmo sem os recursos necessários, percebia que a colaboração era o elemento “mágico” que potencializava os resultados. Era um espírito de proteção coletiva: ‘então, aqui no time a gente foca em como as pessoas podem se ajudar, em como podemos cuidar um dos outros’. Ouvi esta frase e fiquei convencido que nestas organizações diferenciadas, a visão era plural mesmo e o jogo só acabava quando “todos” do time entregavam.
No final do dia, a diferença estava na liderança. É aí que se ganha ou perde. Acredito e torço para que estes tempos de pandemia nos tenha trazido mais motivos para colaborar e promover a colaboração corporativa.