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Apesar da forte recuperação apresentada pelos três principais índices da bolsa americana, o pregão da última sexta-feira (4) ainda foi de queda, com a semana terminando no negativo após a derrocada dos papéis de empresas de tecnologia derrubarem os benchmarks na véspera.

Após chegar a cair 5,1% na mínima do dia, o Nasdaq fechou o pregão com perdas de 1,27%, aos 11.313 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,81%, para 3.426 pontos. Já o Dow Jones, que chegou a virar para o positivo brevemente, encerrou o dia com queda de 0,56%, a 28.133 pontos.

Na semana, o Nasdaq encerrou com perdas de 3,27%, com o Dow Jones caindo 1,82% e o S&P 500 recuando 2,31%. Entre as ações, os piores desempenhos ficaram com as gigantes de tecnologia, que também são as responsáveis pelo rali dos últimos meses.

Apesar de fechar em leve alta nesta sexta, as ações da Apple encerraram a semana com perdas de 3,08%, sendo que nestes últimos dois pregões houve uma perda de valor de mercado de US$ 178,5 bilhões.

Enquanto isso, a Tesla, conseguiu subir 2,78% hoje, mas não apagou as perdas da véspera, perdendo US$ 27,1 bilhões de valor de mercado em dois dias. Na semana os papéis caíram 5,50%.

Dentro do grupo das grandes techs, destaque ainda para Amazon, Facebook, Alphabet (Google) e Netflix, que juntas perderam US$ 285 bilhões de valor entre nestes dois pregões, sendo que só a companhia de Jeff Bezos perdeu US$ 118,6 bilhões.

Em relatório, Guilherme Giserman, estrategista internacional da XP Investimentos, destaca que a realização das ações é compreensível, uma vez que o Nasdaq chegou aos 12 mil pontos, 23% acima de sua máxima histórica.

“Somado a isso, investidores de varejo aumentaram sua presença de 10% para 25% no volume do mercado, dando preferência para grandes nomes de tech”, explica ele ressaltando ainda que o índice de medo/ganância já registrava 72 pontos (extrema ganância) e o volume anormal de opções de compra gerava pressão altista nas ações.

Sobre ser uma oportunidade de entrada, Giserman afirma que “num mundo de liquidez ilimitada em que as oportunidades de crescimento e geração de lucro se concentram nas mãos da tecnologia, é difícil apostar contra o setor”.

“Tivemos valuations excessivos nos mercados ultimamente – particularmente no setor de tecnologia – e isso precisava ser corrigido até certo ponto”, disse Scott Knapp, estrategista-chefe de mercado do CUNA Mutual Group, para a CNBC.

“Não é preciso olhar além do recente aumento irracional nos preços das ações da Tesla e da Apple depois que ambas as empresas anunciaram um desdobramento de ações para ver a superexuberância, especialmente entre os investidores de varejo”, completa ele.

*Com informações da InfoMoney