O Ibovespa fechou em alta e encerrou a semana com ganhos de 0,61% graças a um alívio no noticiário político, que chegou a trazer bastante preocupação para os investidores, quando o presidente Jair Bolsonaro suspendeu o programa Renda Brasil e devolveu o texto ao Ministério da Economia, afirmando que não poderia “tirar de pobres para dar aos paupérrimos.”
O presidente mudou o tom da conversa e convocou líderes para uma reunião na próxima terça-feira (1) de manhã para apresentar a nova proposta, que deve vir junto com a prorrogação do auxílio emergencial. Mais cedo, o presidente afastou por ora os temores de uma guinada ao populismo econômico ao declarar que “o auxílio emergencial não é uma aposentadoria”.
O Ibovespa teve alta de 1,51%, aos 102.142 pontos com volume financeiro negociado de R$ 23,179 bilhões. Os índices americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, por sua vez, subiram entre 0,57% e 0,67%.
Enquanto isso, o dólar comercial caiu 2,93% a R$ 5,4127 na compra e a R$ 5,4156 na venda. Na semana, a moeda dos EUA registrou uma desvalorização de 3,41% ante o real. Já o dólar futuro para setembro tem baixa de 2,8%, a R$ 5,414 no after-market.
O Ibovespa terminou estável, a moeda dos EUA recuou em relação ao real, devido à sinalização de que o Fed manterá as taxas de juros em patamares próximos de zero por muito tempo e que está mais tolerante com a inflação.
De acordo com Bruno Lavieri, economista e sócio da 4E consultoria, a declaração de Powell de que não tem problema a inflação ficar acima da meta por algum tempo desde que nos anos seguintes isso seja compensado faz com que, no curto prazo, o dólar perca valor em relação a todas as moedas.
“O valor da divisa derrete um pouco com essa informação, mas no longo prazo os impactos não devem ser tão fortes”, avalia. Para ele, o nível do real frente ao dólar depende mais de quanto tempo demorará para que a pandemia do coronavírus seja superada e como será enfrentada pelo governo a questão fiscal.
No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 caiu dois pontos-base a 2,83%, o DI para janeiro de 2023 recuou seis pontos, a 4,02%, o DI para janeiro de 2025 registrou queda de 10 pontos-base a 5,84% e o DI para janeiro de 2027 caiu 11 pontos-base a 6,80%.
Entre os indicadores locais, a taxa de desocupação do Brasil no 2º trimestre de 2020 foi de 13,3%, aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao 1º trimestre de 2020 (12,2%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (12,0%), houve acréscimo de 1,3 ponto, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
*Com informações InfoMoney