O governo da Itália iniciou nesta semana uma pesquisa de âmbito nacional para tentar estimar o nível de imunização de sua população ao novo coronavírus.
Esse tipo de exame é capaz de identificar indivíduos que já foram expostos e eliminaram o coronavírus Sars-CoV-2 sem sabê-lo, embora sejam ineficazes para os primeiros dias de infecção, já que leva algum tempo para o sistema imunológico começar a produzir anticorpos.
Os resultados da pesquisa serão usados para direcionar políticas nacionais ou regionais de contenção à pandemia, que já tem cerca de 230 mil casos e quase 33 mil mortes confirmadas na Itália.
O estudo é controlado pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), e as amostras sorológicas serão coletadas pela Cruz Vermelha. As pessoas serão selecionadas com base em critérios demográficos estabelecidos pelo Istat.
O governo também lançou uma campanha na rede pública Rai para sensibilizar a população sobre a importância de participar da pesquisa – no Brasil, equipes de um estudo semelhante conduzido pela Universidade Federal de Pelotas chegaram a ser atacadas e até detidas devido à falta de informações sobre o levantamento.
As pessoas escolhidas serão contatadas por telefone pela Cruz Vermelha para agendar um horário para a coleta de sangue em laboratórios selecionados. Indivíduos vulneráveis poderão fazer o exame em casa.
“A duração da pesquisa deve ser de 15 dias”, disse à ANSA o presidente do Istat, Gian Carlo Blangiardo, que prevê a divulgação antecipada de uma primeira parcial relativa a 20 mil exames.