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Em 2017, as adições no estoque total de água do Brasil foram de 27 milhões de hectômetros cúbicos (hm³), contra redução de 33 milhões. É o que mostram as Contas Econômicas e Ambientais da Água (CEAA) 2013-2017, divulgadas hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e elaboradas em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA).

As adições ao estoque brasileiro de água são formadas principalmente pela chuva e pelos fluxos de entrada de água no país, além dos retornos da economia e das famílias. Já as reduções são compostas pela evapotranspiração, pelos fluxos de saída de água, principalmente para o mar, e também pelas captações. Por isso, Fuckner disse ser importante avaliar a variação de cada um desses componentes que as contas de água apresentam para poder compreender a dinâmica do grande estoque de água nacional.

Geração de energia

A principal retirada de água contabilizada nas contas corresponde à geração de energia, consequência da característica da matriz energética brasileira, na qual predominam as hidrelétricas. Em 2017, a participação da hidroenergia na retirada de água foi de 83,0%, seguida por 0,8% na retirada total de água por esgoto e atividades relacionadas.

No caso do setor de esgoto, Marcus Fuckner destacou que também é computada a drenagem da água da chuva nas cidades. “Quando falamos dos usos em que uma parcela da água retirada é consumida, os chamados usos consultivos, aí temos as atividades com as maiores retiradas, correspondendo ao setor agropecuário e ao setor de abastecimento de água”.

Setor de abastecimento

A CEAA 2013/2017 mostra que cerca de 92% da água utilizada pelas famílias brasileiras são fornecidos pelo setor de abastecimento, ou seja, pelos operadores do serviço de água. “Essa água que chega em nossas residências se transforma em esgoto, retorna para o meio ambiente também por meio desse setor da economia, sendo coletada ou tratada por ele. Ou retorna in natura para os corpos hídricos, quando não há coleta, nem tratamento”.

Nos 8% restantes, principalmente em áreas rurais, as famílias captam água diretamente dos corpos hídricos para o seu uso e o retorno da água utilizada também ocorre de maneira direta no meio ambiente, informou o coordenador de Conjuntura e Gestão da Informação da ANA.

 

Fonte: Agência Brasil