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O volume de serviços no Brasil teve variação negativa (-0,4%) em fevereiro frente ao mês anterior (série com ajuste sazonal). Com isso, o setor acumula nos dois primeiros meses do ano uma perda de 0,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje, (12) pelo IBGE.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, essa baixa elimina por completo o avanço ocorrido em dezembro de 2018 (0,8) e o setor permanece oscilando no volume de 11,4% abaixo do pico da série, que aconteceu em janeiro e novembro de 2014.
De acordo com levantamento, a pressão negativa no volume de serviços, observada na passagem de janeiro para fevereiro de 2019 investigadas, foi puxada por Serviços prestados às famílias (-1,1%), Transportes, serviços auxiliares e correio (-2,6%) e Outros serviços (-3,8%). O setor de transportes lidera o impacto negativo no índice, registrando a terceira taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,9% no período.
Já os serviços de informação e comunicação (0,8%) voltaram a operar no campo positivo, única alta do mês, após assinalarem ligeira variação negativa (-0,2%) em janeiro, quando interromperam quatro taxas positivas seguidas, com ganho acumulado de 3,0% entre setembro e dezembro de 2018. Os serviços profissionais, administrativos e complementares mostraram estabilidade (0,0%) em fevereiro, após terem avançado 1,7% no mês anterior.
Entre os locais com resultados negativos nesse mês, o destaque ficou para o Rio de Janeiro (-3,2%) e Distrito Federal (-4,5%), com o primeiro devolvendo parte do ganho acumulado (5,6%) entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019; e o segundo acumulando perda de 6,3% nos dois primeiros meses do ano. A principal contribuição positiva veio de São Paulo (1,0%), que recuperou integralmente a perda observada em janeiro último (-0,6%).
Atividades turísticas cai 4,8%
O índice de atividades turísticas caiu 4,8% frente ao mês anterior, após avançar 3,9% em janeiro, quando interrompeu quatro taxas negativas seguidas neste tipo de confronto, período em que acumulou perda de 3,0%. Das 12 unidades da federação, 11 acompanharam este movimento de queda observado no Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro (-8,2%), que eliminou quase todo o ganho acumulado entre outubro de 2018 e janeiro de 2019 (8,4%).
Outras pressões negativas importantes vieram de São Paulo (-1,7%), do Distrito Federal (-12,0%) e da Bahia (-4,1%). A única contribuição positiva veio do Espírito Santo (1,5%), sua quarta expansão consecutiva, acumulando alta de 5,5%.