(Crédito: Reprodução)
A inflação acumulada em doze meses deverá subir e atingir um pico em torno de abril até maio, e, em seguida recuar e encerrar o ano em torno de 4,1% para 2019, conforme antecipa o Banco Central (BC), na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgado nesta terça-feira (26).
De acordo com os membros do Copom, a consolidação desse cenário favorável no médio e longo prazos depende do andamento das reformas e ajustes necessários na economia brasileira, que são fundamentais para a manutenção do ambiente com expectativas de inflação ancoradas.
“Uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária”, avaliam os membros do Copom.
Para o Banco Central, a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas, diante de incertezas quanto aos cenários econômicos, é conduzir a política monetária com cautela, serenidade e perseverança.
O Banco Central também avaliou que atividade econômica sofreu impacto de diversos de “choques” ocorridos ao longo de 2018, incluindo a paralisação no setor de transportes de cargas em maio, a piora do ambiente externo para economias emergentes a partir do segundo trimestre e a elevada incerteza. “Os efeitos ainda persistem sobre atividade econômica, mesmo após cessados seus impactos diretos”, analisam os membros do Comitê.
Os membros do Copom ressaltam, ainda, que uma aceleração do ritmo de retomada da economia para patamares mais robustos dependerá da “diminuição das incertezas em relação à aprovação e implementação das reformas – notadamente as de natureza fiscal – e ajustes de que a economia brasileira necessita”. Além disso, destacam a importância de outras iniciativas que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios.