A produção da indústria nacional subiu 0,1% em novembro de 2018, na comparação com outubro, após quatro meses de quedas consecutivas, e acumulou alta de 1,5% em 2018. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (08) pelo IBGE.
Apesar da variação positiva de novembro, o gerente da pesquisa, André Macedo, explica que o resultado foi insuficiente para recuperar a queda de 2,8% acumulada nos quatro meses anteriores. O setor alimentício, com alta de 5,9% frente a outubro, foi o que mais influenciou positivamente o resultado do mês entre as atividades pesquisadas. Mesmo com esse crescimento, o acumulado no ano e a comparação com novembro de 2017 seguem negativos, com taxas de, respectivamente, -4,7% e -5%.
O setor de veículos automotores obteve o maior recuo de peso do mês, com taxa de -4,2% frente a outubro, porém alta de 2,3% na comparação com novembro de 2017. “Particularmente em novembro, a atividade foi prejudicada pela diminuição na produção de automóveis. No entanto, a atividade segue positiva no acumulado no ano, tendo, inclusive, registrado, nessa comparação, a maior influência positiva entre as atividades pesquisadas”, ressalta André.
Já entre as quatro grandes categorias econômicas, apenas Bens Intermediários cresceu em novembro frente a outubro, com alta de 0,7%, enquanto Bens de Consumo Duráveis (-3,4%) e de Bens de Capital (-2,7%) mostraram resultados negativos. Bens de Consumo Semi e Não Duráveis ficou estável (0%)
Na comparação com novembro de 2017, a indústria caiu 0,9%, com resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 26 ramos, 50 dos 79 grupos e 52,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, o principal impacto negativo foi em produtos alimentícios (-5,0%), pressionado pela menor fabricação de açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja, carnes e miudezas de aves congeladas e rações.