O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 6,5% ao ano. A decisão, anunciada ontem (12) à noite, considerou a evolução do cenário básico, do balanço de riscos e das projeções e expectativa de inflação. O Comitê entende que indicadores recentes da atividade econômica continuam evidenciando recuperação gradual da economia brasileira.
O Comitê avalia que diversas medidas de inflação se encontram em níveis apropriados ou confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. As expectativas de inflação para 2018, 2019 e 2020, apuradas pela pesquisa Focus, encontram-se em torno de 3,7%, 4,1% e 4,0%, respectivamente. As expectativas para 2021 encontram-se em torno de 3,75%.
O Copom reitera que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural. O Comitê enfatiza que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia.
Por outro lado, enfatiza que uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Segundo o Copom, esse risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes.
O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.