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Existe uma infinidade de produtos cosméticos no mercado hoje e cada um deles tem sua finalidade própria, o que pode causar dúvidas em muitos consumidores. Mas, acredite ou não, tudo o que você precisa saber sobre aquele produto está em seu rótulo. “Todos os rótulos seguem padrões definidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), sendo assim não devem conter indicações ou menções terapêuticas, não podem induzir o consumidor ao erro e o fabricante deve garantir a veracidade das informações ali presentes. A rotulagem também deve conter toda a indicação necessária referente ao produto como nome, marca, conteúdo, modo de uso, data de validade, entre outros”, explica Isabel Piatti, especialista em Estética e Cosmetologia, embaixadora do CIA — Centro e Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas, Membro do Conselho Científico da Academia Brasileira de Estética Científica – ABEC. Por isso, é sempre importante prestar atenção nos rótulos dos cosméticos e, acima de tudo, entendê-los.

 - REVISTA MAISJR

A parte que mais devemos nos atentar quando falamos de rótulos é a composição do produto, ou seja, que ingredientes estão presentes na fórmula daquele cosmético. Porém, a lista de ingredientes é sem dúvida uma das coisas mais difíceis de se entender. Segundo a especialista, isso acontece porque a nomenclatura dos ingredientes segue uma série de regras específicas adotadas mundialmente chamadas de INCI Name (International Nomenclature of Cosmetic Ingredients). “O INCI utiliza um sistema internacional de codificação para todos os ingredientes presentes nos produtos e tem como finalidade simplificar a identificação dos componentes”, afirma Isabel. “Enquanto algumas nomenclaturas são mais fáceis de serem entendidas, como a da ureia que aparece nos rótulos como Urea, outras são mais complicadas, como a Vitamina E cujo INCI Name é Tocopheryl Acetate.”

Os ingredientes ainda obedecem uma ordem decrescente de concentração no produto. Ou seja, os primeiros compostos que aparecem na lista de ingredientes são os que estão em maior quantidade e os últimos são os que estão em menor quantidade. “Alguns rótulos trazem também a dosagem dos componentes, o que faz toda a diferença, pois permite que o consumidor identifique a quantidade de cada princípio ativo, podendo escolher qual cosmético atende melhor a sua necessidade. Porém, esta ainda não é uma regra, ficando a escolha da empresa colocar ou não essas informações”, destaca Isabel.

Outra informação importante na qual temos que prestar atenção é o prazo de validade. Assim como os alimentos e remédios, os cosméticos têm em sua composição substâncias que garantem a conservação dos mesmos. Mas, após a data de validade, os produtos deixam de fazer o efeito desejado e seu uso pode causar complicações como alergias, manchas, irritações e sensibilização na pele, além de infecções mais sérias. “Segunda a regulamentação da ANVISA, o fabricante é obrigado a indicar para o consumidor onde se encontra o lote e prazo de validade. Estes devem ser informados na embalagem secundária, a caixa na qual o produto vem, ou diretamente na embalagem primária, o produto em si”, completa a especialista.

Além do prazo de validade, existe o PAO, Period After Opening ou período após aberto. Ele indica em até quanto tempo depois de aberto o produto deve ser utilizado e é representado por um símbolo de pote aberto com um número seguido pela letra M, de mês. “Vale sempre o que expirar primeiro, seja a validade ou o PAO. Mas diferentemente do prazo de validade, usar produtos com o PAO expirado não é considerado infração sanitária, pois não há uma legislação nacional que obrigue o fabricante a informá-lo. Porém, ele garante maior segurança, porque quando o produto entra em contato com o oxigênio, umidade e micro-organismos, acaba ocorrendo uma degradação maior do cosmético”, finaliza Isabel Piatti.